As vendas do comércio brasileiro apresentaram um crescimento de 2,4% em julho, segundo dados do IVS (Índice do Varejo Stone), divulgado nesta segunda-feira (11). Na comparação com o mesmo período do ano passado, porém, o indicador registrou queda de 1,1%.
De acordo com Guilherme Freitas, economista e cientista de dados da Stone, o avanço no mês indica uma recuperação parcial da atividade, mas ainda insuficiente para reverter a tendência de desaceleração observada ao longo do ano.
“A inflação segue dando sinais de acomodação, mas essa moderação parece estar mais relacionada à perda de fôlego da atividade econômica do que a uma melhora estrutural nos preços”, afirma.
No mês, o comércio físico registrou alta de 0,7%, enquanto o digital caiu 6,8%. Na comparação anual, a retração foi mais acentuada no segmento online, com queda de 18%, enquanto as vendas presenciais recuaram 1,1%.
Cinco dos oito segmentos analisados apresentaram crescimento em julho.
O destaque foi para o setor de material de construção, com alta de 3,8%; seguido por outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,2%); artigos farmacêuticos (1,1%); combustíveis e lubrificantes (0,8%); e tecidos, vestuário e calçados (0,7%).
Já livros, jornais, revistas e papelaria tiveram queda de 3,6%; enquanto móveis e eletrodomésticos recuaram 0,2%.
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo permaneceu estável no mês.
Segundo o indicador, apenas nove dos estados analisados apresentaram crescimento anual nas vendas, com destaque para Acre (6,5%), Tocantins (6,4%) e Mato Grosso (4,3%).
“A região Norte apresentou um desempenho anual amplamente positivo, indicando uma dinâmica de consumo mais aquecida. Já as regiões Sul e Nordeste registraram queda generalizada, refletindo um ambiente econômico ainda desafiador nessas localidades”, explicou Freitas.
*sob supervisão de João Nakamura
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