Gestação tardia: óvulos acumulam menos mutações do que se acreditava

Os óvulos humanos parecem ter uma capacidade surpreendente de preservar seu material genético mesmo com o passar dos anos. Um estudo publicado na revista Science Advances em 6 de agosto indica que essas células acumulam menos mutações no DNA mitocondrial do que outras do corpo, como as do sangue ou da saliva.

A descoberta pode ajudar a explicar por que, em muitos casos, mulheres mais velhas geram filhos saudáveis.

Pesquisadores analisaram 80 óvulos isolados de 22 mulheres com idades entre 20 e 42 anos, utilizando uma técnica chamada sequenciamento duplex, capaz de identificar alterações genéticas extremamente raras. Os resultados mostraram que, nos óvulos, as mutações foram de 17 a 24 vezes menos frequentes do que em outras células.

Além disso, quando presentes, tendiam a se concentrar em regiões não codificadoras do DNA mitocondrial — aquelas que não contêm instruções diretas para a produção de proteínas essenciais.

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Segundo os cientistas, isso sugere que os óvulos possuem mecanismos evolutivos de proteção, possivelmente um “filtro” natural que preserva o DNA mais íntegro e reduz a chance de mutações prejudiciais serem transmitidas à próxima geração. Essa estratégia seria fundamental para a manutenção da saúde reprodutiva ao longo da vida.

Como se preparar para uma gravidez tardia?

O primeiro passo é fazer uma avaliação do potencial reprodutivo com o ginecologista. Ela inclui:

  • Avaliação hormonal para verificação da reserva ovariana. Pode ser feita em qualquer dia do ciclo menstrual.
  • Exame de ultrassom transvaginal para analisar a reserva ovariana por meio da contagem de folículos em cada ovário. Cada folículo pode conter um óvulo, ou seja, quanto maior a quantidade, melhor é a reserva ovariana e a mulher tem mais tempo de vida útil reprodutiva.
  • Devem ser coletados ao menos 15 óvulos para aumentar as chances de gravidez no futuro.

Apesar das descobertas promissoras, os autores alertam que o estudo tem limitações. O número de amostras foi pequeno e o intervalo de idade analisado não abrangeu todo o período fértil da mulher. Pesquisas futuras, com grupos maiores e idades mais variadas, serão necessárias para confirmar se essa proteção se mantém em faixas etárias mais avançadas.

O trabalho abre caminho para novas investigações sobre fertilidade e envelhecimento reprodutivo, além de trazer esperança para mulheres que decidem adiar a maternidade.

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Fonte: Metrópoles

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