A França convocou o embaixador norte-americano depois que ele escreveu uma carta ao presidente francês Emmanuel Macron alegando que o país não fez o suficiente para conter a violência antissemita, disse um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores francês neste domingo (24).
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores francês afirmou que tomou conhecimento das alegações feitas por Charles Kushner expressando preocupações com o aumento de atos antissemitas da França. As alegações foram consideradas “inaceitáveis” pelo ministério.
Em uma carta aberta publicada pelo Wall Street Journal, Kushner pediu ao presidente francês Emmanuel Macron que aplicasse com mais urgência as leis contra crimes de ódio e diminuísse as críticas a Israel, dizendo que as declarações da França sobre o reconhecimento de um Estado Palestino alimentaram incidentes antissemitas no país.
O filho de Kushner, Jared Kushner, é casado com a filha de Trump, Ivanka Trump, que se converteu ao judaísmo antes do casamento em 2009. Eles têm três filhos que estão sendo criados como judeus.
A carta do embaixador foi enviada após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusar Macron de contribuir com o antissemitismo ao pedir o reconhecimento da Palestina.
Recentemente, o presidente francês emergiu como um dos críticos mais contundentes da condução da guerra em Gaza por Netanyahu, particularmente no que diz respeito às baixas civis palestinas, enquanto Trump tem apoiado firmemente o líder israelense.