O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, deixou claro que manterá no cargo o diretor-presidente da RBtrans, Clendes Villas Boas, “haja o que houver”. O gestor da capital falou alto a um grupo de assessores sobre o assunto, mas desistiu de convocar a imprensa para um pronunciamento aberto, público e oficial. Ele havia dito, no início do mês, que não vê razões para afastar Clendes.
Bocalom entende que não há provas de assédio moral, e nem mesmo o depoimento das supostas vítimas o convence de que o assessor de primeira hora tenha cometido crime. Na Câmara de Vereadores, a recomendação dada à base aliada é pra cobrar “provas contundentes”. A oposição patina na proposta de CPI.
Segundo o prefeito, as denúncias, que seriam “vazias”, foram motivadas por uma mudança na gestão, que inclui exigência para cumprimento de horários e mais dedicação dos comissionados e efetivos.
Um dos conselheiros que ouviram a declaração de Bocalom informou há pouco à reportagem que, de acordo com o prefeito, o afastamento de Clendes Villas Boas só será autorizado caso haja recomendação do Ministério Público ou ordem judicial.
O MP abriu investigação e já ouviu as mulheres que alegam terem sido vítimas de assédio dentro do ambiente de trabalho. Nas redes sociais, há um clamor por justiça, porém em menor intensidade em relação ao número de internautas que acreditam na inocência do diretor da RBtrans.