A vereadora Lucilene Vale, esposa do deputado André da Droga Vale, se negou a assinar uma representação que chegou nesta quinta-feira ao Ministério Público pedindo apuração às denúncias de assédio moral na RBtrans.
A parlamentar é vice-presidente da Comissão de Mulheres da Câmara Municipal de Rio Branco e foi eleita, dentre outras propostas, com a promessa de defender direitos do público feminino, inclusive contra violência doméstica e constrangimentos ilegais no ambiente de trabalho.
O presidente da autarquia, Clendes Villas Boas, é o principal citado por supostas vítimas, ouvidas no âmbito da Comissão de Mulheres.
Ao menos nove vereadores assinaram o documento entregue ao MP nesta manhã pela presidente da comissão, Elzinha Mendonça.
Lene não atendeu aos telefonemas da reportagem. Ela tem dito nos corredores da câmara que precisa de provas antes de se manifestar. Esta, aliás, foi a orientação dada pelo prefeito Tião Bocalom aos políticos que o apóiam no parlamento – e que têm cargos e outras generosas indicações na gestão pública.
A presidente da comissão explicou que a intenção é dar ciência aos órgãos competentes para que os fatos sejam devidamente apurados e eventuais responsabilizações sejam determinadas. Além do MPAC, a comissão também enviou o documento ao Ministério Público do Trabalho (MPT).
O ofício foi recebido pela procuradora-geral adjunta para Assuntos Administrativos e Institucionais, Rita de Cássia Nogueira, que afirmou que o conteúdo será analisado com atenção e rigor.