A China receberá Kim Jong-un e Vladimir Putin em um importante desfile militar, em meio a crescentes preocupações sobre o aumento da vigilância e controle social em regimes autoritários. O evento acontecerá na manhã de quarta-feira (3) no horário local (terça-feira à noite, no horário de Brasília).
O encontro entre os três líderes ocorre em um momento de tensão geopolítica, especialmente considerando o histórico de vigilância e restrições impostas por seus respectivos governos. A China, em particular, destaca-se pelo uso massivo de tecnologia para monitorar sua população.
Vigilância high-tech na China
Em Pequim, especialmente próximo à Praça da Paz Celestial, onde acontecerá a parada militar, o controle é intenso. Cada poste conta com cinco ou seis câmeras de vigilância, criando uma rede de monitoramento constante. O governo chinês justifica essa infraestrutura como necessária para a segurança pública.
Jornalistas estrangeiros enfrentam dificuldades para realizar seu trabalho. Tentativas de transmissões ao vivo nas ruas de Pequim são frequentemente interrompidas, com agentes monitorando constantemente a presença de profissionais da imprensa internacional.
Controle social na Rússia e Coreia do Norte
Na Rússia, observa-se um processo gradual de erosão da liberdade de imprensa e dos valores democráticos. O controle governamental se estende da mídia tradicional à internet, limitando o acesso à informação independente.
Já na Coreia do Norte, o isolamento é ainda mais severo. Um exemplo recente é a experiência de turistas russos em um resort norte-coreano, onde são mantidos separados da população local, sem permissão para qualquer interação com os cidadãos do país.