A Federação Internacional de Xadrez (FIDE) afirmou nesta sexta-feira (5) que não esteve envolvida e não foi consultada sobre uma suposta decisão de um torneio espanhol de proibir jogadores israelenses de competir sob sua bandeira nacional.
“A FIDE não tinha conhecimento prévio desta decisão, não tomou nenhuma decisão sobre o assunto e nem foi consultada pelos organizadores”, afirmou a federação de xadrez em um comunicado.
“A FIDE condena veementemente qualquer forma de discriminação, inclusive com base em nacionalidade e bandeira. As mesmas regras se aplicam a Israel e seus jogadores, assim como a todas as outras federações-membro que não estejam sob qualquer tipo de sanção.”
Os organizadores do torneio Bilbao Sestao País Basco, que começa na próxima semana, não foram imediatamente encontrados para comentar.
A entidade reguladora afirmou que solicitou informações detalhadas aos organizadores e tomará todas as medidas necessárias para garantir que seus princípios sejam respeitados.
O Times of Israel, citando “meios de comunicação hebraicos”, informou que os organizadores enviaram uma carta a sete jogadores israelenses informando-os da decisão de proibir a bandeira do país “por razões alheias à nossa vontade”.
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Jogadores de xadrez da Rússia e da Bielorrússia são obrigados a competir sob a bandeira da FIDE desde 2022, após sanções impostas em razão da invasão da Ucrânia por Moscou. Mas os jogadores israelenses não estão sujeitos a tais restrições.
A disputa ocorre em meio ao aumento das tensões em torno da guerra em Gaza, onde a campanha militar de Israel contra o Hamas deixou grandes partes do território em ruínas e criou o que agências humanitárias descrevem como uma catástrofe humanitária cada vez mais profunda.
Os apelos internacionais por um cessar-fogo e pela retomada dos esforços em direção a uma solução de dois Estados continuam a crescer.
O esporte na Espanha ganhou destaque por razões políticas no início desta semana, quando a 11ª etapa da Volta à Espanha, em Bilbao, foi interrompida após manifestantes pró-palestinos interromperem os procedimentos na linha de chegada e exigirem que a equipe Israel-Premier Tech fosse expulsa da corrida.
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1 de 20Tabuleiro de xadrez • Freepik
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2 de 20Regras e o formato do xadrez evoluíram gradualmente, com variações regionais ao longo dos séculos • Freepik
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3 de 20Magnus Carlsen em jogo de xadrez • Marcus Brandt/picture alliance via Getty Images
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4 de 20Chinesa conquista quinto título mundial consecutivo de xadrez • AFP/Getty Images/File
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5 de 20Magnus Carlsen, número 1 do mundo no xadrez • Divulgação/Magnus Carlsen/Instagram
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6 de 20Wembanyama posa para foto com fãs que toparam desafio de xadrez em parque de Nova York • Reprodução/X @Wemby
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7 de 20Gukesh com a equipe da Índia na Olimpíada de Budapeste • Reprodução/Instagram
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8 de 20Gukesh Dommaraju se tornou campeão mundial de xadrez • Reprodução/Instagram
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9 de 20A escola é pioneira em programas de xadrez, atletismo e ginástica artística • Fábio Rodrigues Pozzebon/Agência Brasil
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10 de 20Tabuleiro de xadrez • Catherine Falls Commercial/Getty Images
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11 de 20Ashwath Kaushik se tornou o mais jovem enxadrista a vencer um grande mestre • Carleton Lim/Singapore Chess Federation
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12 de 20Peças de xadrez em frente das bandeiras da China e de Taiwan • 11/04/2023REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração
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13 de 20Peças de xadrez • Antonio Pavela/DPA/Picture Alliance/Getty Images
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14 de 20O chinês Ding Liren e o russo Ian Nepomniachtchi estão empatados na série de 14 partidas. • Miguel Pereira/Getty Images
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15 de 20Magnus Carlsen, campeão mundial de xadrez • Dean Mouhtaropoulos/Getty Images
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16 de 20Indias Gukesh gesticula durante seu jogo da 7ª rodada contra a equipe de Cuba na 44ª Olimpíada de Xadrez 2022, em Mahabalipuram, em 5 de agosto de 2022 • ARUN SANKAR/AFP via Getty Images
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17 de 20O campeão mundial de xadrez, Magnus Carlsen, da Noruega, em partida em dezembro de 2018 • REUTERS/Anton Vaganov
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18 de 20Magnus Carlsen • Reprodução/Instagram
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19 de 20Grão-mestre russo de xadrez Sergey Karjakin • REUTERS/Anton Vaganov
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20 de 20Instrutor Tunde Onakoya no programa “Xadrez nas Favelas”, em Lagos, Nigéria • Reprodução/CNN