A Câmara dos Deputados liberou a realização de sessões semipresenciais durante a semana do julgamento sobre suposto plano de golpe. A decisão, tomada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), permite que parlamentares participem das sessões do plenário a distância, sem a necessidade de presença física em Brasília. A apuração é da analista Julliana Lopes durante o CNN Arena.
Embora a justificativa oficial seja outra, há um entendimento entre as lideranças partidárias de que a medida pode ajudar a evitar possíveis tumultos no Congresso Nacional. A decisão surge em um momento em que a oposição intensifica a pressão por anistia.
Pressão política e expectativas
A semana foi marcada pela entrada do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), nas discussões, buscando viabilizar o andamento do projeto no Congresso Nacional. Recentemente, houve episódios de pressão por parte de parlamentares para que pautas de interesse da oposição avançassem.
O clima político se intensifica com a aproximação do desfecho do julgamento, que tem atraído atenção significativa do mundo político nos últimos meses. Há expectativa em torno do voto do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, previsto para durar cerca de três horas.
A defesa dos réus busca possibilidades de redução das penas, enquanto aliados já manifestam ceticismo quanto à possibilidade de absolvição. Mesmo com a flexibilização da presença física dos parlamentares, espera-se que algumas votações ocorram normalmente, ainda que a atenção esteja voltada principalmente para o julgamento.