IPCA deve registar primeira deflação do ano, dizem especialistas

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação do país, deve ter o primeiro registro de deflação do ano, segundo integrantes do mercado financeiro. Os dados referentes ao mês de agosto serão publicados, nesta quarta-feira (10/9), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No mês passado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é uma prévia da inflação oficial do país, registrou queda de 0,14%. Segundo a instituição, o principal fator para a deflação foi a queda de 4,93% na energia elétrica residencial, após a inclusão do Bônus de Itaipu nas contas emitidas em agosto.

  • Deflação é quando os índices de preços de uma economia passam a cair ao invés de subir, sendo o oposto da inflação.

A queda aconteceu em meio à vigência da bandeira tarifária vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos, o que já sinaliza qual deve ser o resultado a ser divulgado pelo IBGE nesta quarta.

O que é IPCA

  • O IPCA é calculado desde 1979 pelo IBGE. O índice é considerado o termômetro oficial da inflação e é usado pelo Banco Central para ajustar a taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 15% ao ano.
  • Ele mede a variação mensal dos preços na cesta de vários produtos e serviços, comparando-os com o mês anterior. A diferença entre os dois itens da equação representa a inflação do mês observado.
  • O IPCA mensura dados nas cidades, de forma a englobar 90% das pessoas que vivem em áreas urbanas no país.
  • O índice pesquisa preços de categorias como transporte, alimentação e bebidas, habitação, saúde e cuidados pessoais, despesas pessoais, educação, comunicação, vestuário, artigos de residência, entre outros.
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Expectativa de deflação

O mercado financeiro tem expectativas de queda para a inflação no mês de agosto. Segundo a Warren Investimentos, a deflação deve ser de -0,17%. A projeção é de que, em 12 meses, a taxa deve desacelerar de 5,23% em julho para 5,17% em agosto.

“De forma geral, projetamos uma leitura bem-comportada, reforçando nosso viés baixista para a inflação. Nossas projeções estão em 4,85% para 2025 e 4,50% para 2026”, diz o relatório da Warren.

Mais conservadora, a projeção do C6 Bank é de variação de -0,13%. O banco, no entanto, manteve a expectativa de IPCA em 5% em 2025, mas revisou para baixo as projeções para 2026.

O economista-chefe do banco, Felipe Salles, diz que começou a enxergar os sinais de que a economia não estava tão aquecida como o imaginado. “Um exemplo disso é que a inflação de serviços tem se mostrado ligeiramente mais branda, ainda que bastante elevada, apesar de a taxa de desemprego continuar no menor nível da série histórica. Essa percepção nos levou a revisar de 5,7% para 5,2% a projeção para o IPCA em 2026”, expõe ele.

Projeção acima da meta

Apesar das revisões nas projeções, tanto o mercado financeiro quanto o Banco Central (BC) esperam inflação acima da meta ao final de 2025.

A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, ou seja, o teto é de 4,5%. A partir desse ano a inflação passou a ser medida em formato de meta contínua, o que quer dizer que ela é contabilizada pelo acumulo de seis meses consecutivos.



Fonte: Metrópoles

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