Ex-ministro da Previdência de Jair Bolsonaro, José Carlos Oliveira (PSD), agora Ahmed Mohamad, disse que a fraude nos descontos associativos de aposentados e pensionista aconteceram por “falta de estrutura do INSS”, mas não porque a gestão foi omissa.
A farra do INSS
- O escândalo do INSS foi revelado pelo Metrópoles em uma série de reportagens publicadas a partir de dezembro de 2023.
- Três meses depois, o portal mostrou que a arrecadação das entidades com descontos de mensalidade de aposentados havia disparado, chegando a R$ 2 bilhões em um ano, enquanto as associações respondiam a milhares de processos por fraude nas filiações de segurados.
- As reportagens do Metrópoles levaram à abertura de inquérito pela Polícia Federal (PF) e abasteceram as apurações da Controladoria-Geral da União (CGU).
- Ao todo, 38 matérias do portal foram listadas pela PF na representação que deu origem à Operação Sem Desconto, deflagrada no dia 23/4 e que culminou nas demissões do presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi.
Em depoimento à CPMI nesta quinta-feira (11/9) Oliveira disse que as falhas podem ter acontecido, mas o ministério nunca foi avisado sobre descontos indevidos.
“Trabalhar para o INSS é uma verdadeira escolha de Sofia (…). Talvez a gente tenha sido falho nessas questões com relação à questão das fraudes, mas não por inércia, não por negligência, e sim por falta de estrutura (…). Se eu deixei de fazer coisas, eu deixei porque eu tinha outras coisas para fazer, não por não ter feito nada”, disse Oliveira nesta quinta (11/9).
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O ex-ministro disse que a gestão priorizou a redução das filas do INSS e que não tinha pessoas o suficiente para fazer um trabalho de fiscalização melhor. Ele ainda afirmou que os acordos de cooperação foram firmados durante o seu governo de forma “automática”, e, por isso, não teria como saber sobre ACTs com entidades laranjas.
Fonte: Metrópoles