O comentarista José Eduardo Cardozo e o empresário e ex-deputado federal Alexis Fonteyne discutiram, nesta sexta-feira (12), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se a condenação força o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a definir um sucessor político.
Sem anistia e com uma pena de 27 anos e três meses de prisão, Bolsonaro só voltaria às eleições em 2062, aos 107 anos de idade.
Cardozo avalia que a direita ficará pulverizada.
“A direita tem muitos espectros e já tem dificuldade de se unir só com Jair Bolsonaro. Com a ausência de Jair Bolsonaro, há uma pulverização de candidatos e a possibilidade de setores, inclusive conservadores, apoiarem um outro candidato, se o candidato do outro lado for de extrema esquerda”, opinou.
“Não será fácil, portanto, unificar o campo da direita em um único candidato. Especialmente se for um candidato da extrema direita”, continuou.
Fonteyne entende que Bolsonaro será obrigado a definir um sucessor.
“O caminho já estava sendo planejado uma vez que a inelegibilidade de Bolsonaro estava dada por outros motivos, não é por esse julgamento. Acho que por uma questão de respeito a esse julgamento, a direita não se adiantava muito nesse processo e o próprio Jair Bolsonaro não ia declarar o seu sucessor antes de ser julgado”, disse.
“A boa notícia é que a direita tem belíssimos candidatos, vários candidatos possíveis. Tem o governador Romeu Zema, o Tarcísio, que é mais pró-Bolsonaro”, prosseguiu.