A primeira-dama de Rio Branco, Kellen Rejane Nunes, tentou livrar os governos do PT das acusações por desvio de recursos públicos na polêmico caso Ruas do Povo. Agora casada com o prefeito Tião Bocalom, principal crítico do maior programa de infraestrutura da capital, Kellen advogou durante as administrações de Tião Viana quando Gildo César, Felismar Mesquita e do hoje deputado estadual Edvaldo Magalhães eram presidentes do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), atual Saneacre, a partir do ano de 2012, assumindo a coordenação da área administrativa da Procuradoria Jurídica do órgão e a chefia do Departamento Jurídico entre 2014 e 2021.
A advogada atuou contra o grupo que apoia o marido, e ainda foi assessora jurídica da Secretaria Municipal de Agropecuária (Seagro), assumindo a chefia do departamento jurídico de 2021 até 2024. Na Seagro, Kellen também fracassou na tentativa de livrar o secretário Eracildes Caetano de uma condenação pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE.
O secretário, diz o TCE, concordou com um superfaturamento na execução do Contrato nº 01130017/2023, sendo obrigado a devolver, de forma solidária, o valor de R$ 206.810,21 aos cofres públicos, devidamente corrigido e acrescido de juros legais, além de uma multa de 10% sobre o valor atualizado.
Agora, Kellen, que é pré-candidata a deputada estadual, abriu uma divergência com o ex-chefe, que também disputará uma das 24 vagas na Aleac. Com o poder de primeira-dama e de influenciar diretamente o marido, a advogada pediu a demissão de Eracildes (detalhes abaixo). Ele tem aparecido mais na mídia e tem investido pesado para chamar a atenção também nas redes sociais, o que deixou a “janja do Bocalom” incomodada.
“Janja do Bocalom” pede cabeça de secretário, amigo e protegido do prefeito de Rio Branco