Chefe de Direitos Humanos da ONU pede fim da invasão de Israel à Gaza

O Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), Volker Turk, apelou à comunidade internacional para que impeça a invasão terrestre de Israel à cidade de Gaza. O exército israelense começou a incursão na manhã desta terça (16) e disse que os ataques “vão durar meses”. A ação marca mais um passo para assumir o maior controle populacional do território

As autoridades palestinas apontam que cerca de 100 palestinos foram mortos pelos efeitos da nova ofensiva.

“Essa carnificina precisa terminar de uma vez por todas… É importante que o mundo inteiro grite por paz”, disse Turk à Reuters. Ele também ressaltou os bombardeios de prédios residenciais e em regiões de abrigos, sendo uma “expansão dos ataques”.

As forças de Israel pediram que os palestinos se desloquem para o sul, seja de veículo ou a pé. Cerca de 100 mil pessoas deixaram a região nos últimos dias conforme os bombardeios se intensificaram.

A ONU alertou que o plano de Israel de invadir e ocupar a Cidade de Gaza coloca cerca de 1 milhão de residentes palestinos em risco de deslocamento forçado.

A União Europeia repudiou o início da ofensiva terrestre e diz planeja aplicar sanções e suspender acordos comerciais com Israel. O governo de Benjamin Nethanyahu diz que procura “atacar infraestruturas terroristas” e garantindo “a libertação dos reféns” sequestrados em 7 de outubro de 2023 pelo grupo extremista Hamas.

“Os militares alegam que estão mirando a chamada infraestrutura terrorista, mas isso não está definido… De acordo com as regras da guerra, um ataque nunca deve mirar civis que não estejam participando das hostilidades”, disse o chefe de Direitos Humanos da ONU.

Acusação de genocídio

A Comissão Internacional Independente de Inquérito das Nações Unidas concluiu, pela primeira vez, que Israel cometeu genocídio contra palestinos em Gaza, no que descreveu como “a descoberta mais contundente da ONU até o momento”.

O texto de 72 páginas conclui que Israel cometeu quatro dos cinco atos genocidas tipificados pelo Direito Internacional desde o início do conflito contra o Hamas.

  • Assassinato de um grupo nacional, étnico, racial ou religioso;
  • Causar danos físicos e mentais;
  • Impor condições de vida calculadas para provocar destruição física total ou parcial;
  • Impor medidas destinadas a impedir nascimentos.

Quase 65 mil palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde palestino. A pasta não faz distinção entre civis e combatentes, mas afirma que a maioria das vítimas são mulheres e crianças.

Segundo a Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente Isaac Herzog e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, foram considerados responsáveis pelos atos.

O embaixador israelense na ONU chamou o relatório de “escandaloso” e acusou os líderes da organização de serem “servidores do Hamas”. Segundo ele, o relatório é “um discurso difamatório”. Netanyahu não comentou as acusações, mas disse que, caso a comunidade internacional o impeça de comprar armas, ele mesmo irá produzi-las

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