O frango é presença frequente nas refeições dos brasileiros, mas nem todo mundo lembra que algumas partes específicas da ave são excelentes fontes de nutrientes. A moela, por exemplo, é uma carne barata, versátil e com alto teor de proteína, superando até mesmo o ovo em valor proteico.
De acordo com a nutricionista Carla Bispo, da clínica Metasense, em Brasília, a moela tem mais proteína e menos gordura que o ovo.
“Um ovo grande pesa cerca de 55 gramas e tem 7,5 gramas de proteína. Já 50 gramas de moela contêm aproximadamente 14,4 gramas de proteína e apenas 0,4 grama de gordura”, explica.
Ambos são alimentos de origem animal e possuem aminoácidos essenciais, que garantem uma proteína de alta qualidade e fácil digestão.
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O ovo ainda é considerado o padrão de referência em biodisponibilidade, mas a moela também é uma excelente fonte proteica e pode contribuir de forma importante para a construção e manutenção da massa muscular.
A nutricionista Patrícia Oliveira, de São José dos Campos, ressalta que, embora a moela apresente quantidade ligeiramente maior de proteína, o corpo absorve melhor a do ovo. “É importante considerar não apenas a quantidade, mas também o quanto o organismo consegue utilizar”, orienta.
Fonte de ferro, B12 e outros nutrientes
Além da proteína, a moela é rica em micronutrientes importantes para o organismo. Segundo a nutricionista, 100 gramas do alimento cozido fornecem boas quantidades de ferro, vitamina B12, zinco, fósforo e selênio.
“Ela contribui para prevenir a anemia e é uma ótima opção para quem consome pouca carne vermelha. É um alimento muito nutritivo e valioso”, diz Carla.
Patrícia Oliveira também destaca o perfil leve do corte. “A moela é considerada uma proteína magra e acessível. Quando bem limpa, é pobre em gordura e oferece bom aporte de vitaminas e minerais”, afirma.
Cuidados e contraindicações
Apesar dos benefícios, o consumo deve ser moderado em alguns casos. Pessoas com gota ou problemas renais precisam ter atenção, já que os miúdos possuem purinas, substâncias que podem elevar o ácido úrico e desencadear crises em indivíduos suscetíveis.
Carla alerta ainda que, por conter colesterol elevado, a moela deve ser consumida com moderação por quem tem risco cardiovascular aumentado. E como qualquer carne, é fundamental garantir higiene e cozimento adequados para evitar contaminações.
Como preparar a moela de frango?
Na cozinha, a moela é versátil e combina com diferentes receitas. A recomendação é optar por preparos com calor úmido, como cozidos e ensopados, evitando frituras.
“O ideal é cozinhar para preservar os nutrientes e reduzir o uso de gordura. Também vale descartar a água do cozimento em casos de sensibilidade às purinas”, orienta Carla.
Ela ainda recomenda temperos naturais, como alho, cebola e ervas frescas, e evitar caldos prontos e temperos industrializados, que aumentam o teor de sódio.
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Fonte: Metrópoles