Estudantes funcionários do setor público da Grécia, incluindo professores e marinheiros, se reuniram nas cidades de Atenas e Pireu na terça-feira (30) como parte dos protestos em andamento contra uma proposta de reforma trabalhista que permitiria que funcionários com apenas um emprego trabalhem até 13 horas por dia, recebendo 40% das horas extras.
Embora o governo afirme que a medida é opcional e projetada para oferecer oportunidades de emprego mais flexíveis, os sindicatos argumentam que ela é efetivamente obrigatória e pode minar os direitos dos trabalhadores, especialmente daqueles em cargos precários ou de baixa remuneração.
Os manifestantes carregavam faixas com os dizeres “Escravidão escolar, escravidão à vida” e alertavam para o impacto social de jornadas de trabalho mais longas.
Violeta Galanopoulou, 43 anos, professora e líder sindical, disse que tais condições deixariam pais exaustos sem tempo para seus filhos.
No porto de Pireu, onde os serviços de balsa foram interrompidos, o representante sindical Apostolos Kypreos chamou o projeto de lei de “monstruoso” e afirmou que a redução de pessoal e a falta de medidas de segurança colocam em risco tanto a tripulação quanto os passageiros.
A greve interrompeu os serviços públicos em todo o país e ocorre em meio a uma ampla onda de protestos trabalhistas sobre salários e condições de trabalho.