O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, congelou US$ 2,1 bilhões em financiamento para o trânsito de Chicago nesta sexta-feira (3), privando outra cidade fortemente democrata de fundos enquanto paralisação do governo entra em seu terceiro dia.
O diretor de orçamento, Russ Vought, disse que o dinheiro, destinado a linhas de trem elevadas, foi suspenso para garantir que não estivesse sendo “direcionado por meio de contratos baseados em raça”.
Com a medida tomada em Chicago, o governo já congelou pelo menos US$ 26 bilhões em fundos destinados a cidades e estados democratas, após as medidas tomadas na quarta-feira para suspender projetos de trânsito em Nova York, onde estão os dois principais democratas no Congresso, e US$ 8 bilhões em projetos de energia verde em Estados como Califórnia e Illinois.
O presidente republicano transformou a terceira maior cidade do país em um saco de pancadas retórico regular, ameaçando enviar tropas da Guarda Nacional para a cidade, onde mora o governador democrata de Illinois, JB Pritzker, que é visto como um candidato à Casa Branca em 2028.
Em Washington, o impasse da paralisação não dava sinais de acabar. O Senado dos EUA deve votar os planos democratas e republicanos para encerrar a paralisação nesta sexta-feira, mas é provável que nenhum deles seja aprovado.
Se a paralisação continuar em um quarto dia no sábado, será a quinta mais longa da história dos EUA.
Democratas e republicanos passaram os últimos dias culpando uns aos outros pelo fracasso em manter o governo financiado além de 1º de outubro, início do ano fiscal, e não parecem ter feito nenhum progresso em direção a um acordo que permitiria que o dinheiro voltasse a fluir.
O impasse no Congresso congelou cerca de US$ 1,7 trilhão em fundos para operações de agências, o que equivale a aproximadamente um quarto dos gastos federais anuais. A maior parte do restante vai para programas de saúde e aposentadoria e pagamentos de juros sobre a crescente dívida de US$ 37,5 trilhões.