O Brasil pode alcançar, em 2026, um feito inédito na história do automobilismo: ter pilotos competindo simultaneamente nas principais categorias do esporte a motor mundial. A presença de brasileiros já está confirmada em Fórmula 1, Fórmula 2, Fórmula 3, e Fórmula E, enquanto negociações avançadas e contratos em fase final podem garantir nomes também na IndyCar, no Mundial de Endurance (WEC) e até na MotoGP.
O cenário reflete a retomada da força do país nas pistas, após anos de escassez em divisões de elite. Caso as confirmações se concretizem, o Brasil voltará a ter representantes simultâneos em todas essas categorias pela primeira vez desde 2007.
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Na Fórmula 1, o nome é Gabriel Bortoleto. Campeão da Fórmula 3 em 2023 e da F2 em 2024, o paulista estreou neste ano e seguirá em 2026 pela Audi, garantindo a continuidade da presença brasileira na categoria.
A base também está forte: na Fórmula 2, Rafael Câmara sobe após ser campeão na F3, ainda com a equipe a ser anunciada, enquanto Emerson Fittipaldi Jr. confirmou contrato com a AIX Racing. Já na Fórmula 3, o país terá dois representantes confirmados — Pedro Clerot (Rodin) e “Fefo” Barrichello (AIX Racing).
Na Fórmula E, que teve Lucas di Grassi e Sérgio Sette Câmara como representantes em 2025, o panorama para 2026 ainda é incerto. No entanto, Felipe Drugovich, que deixou o posto de piloto reserva da Aston Martin na F1, já foi confirmado pela equipe Andretti na categoria de carros elétricos.
Nos Estados Unidos, a IndyCar também pode contar com brasileiros no próximo campeonato. Hélio Castroneves, multicampeão e referência da modalidade, correu em 2025 mas ainda não tem futuro definido. No entanto, Caio Collet negocia sua chegada na categoria com a equipe AJ Foyt. Caso as tratativas avancem, o Brasil voltará a ter um piloto fixo no grid principal da Indy.
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Gabriel Bortoleto, da Sauber
Jayce Illman/Getty Images2 de 6
Rafa Câmara foi campeão da F3 em 2025
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Felipe Drugovich é piloto reserva da Aston Martin.
Divulgação/AstonMartin4 de 6
Clerot está confirmado na Fórmula 3 em 2026.
Reprodução / Instagram / Pedro Clerot5 de 6
Caio Collet está em negociação para ser contratado na IndyCar
Joe Portlock – Formula 1/Formula Motorsport Limited via Getty Images6 de 6
Diogo Moreira está próximo de ser anunciado pela Honda
Gold & Goose Photography/Getty Images
O WEC (Mundial de Endurance) vive um momento semelhante. Augusto Farfus (WRT) e Eduardo “Dudu” Barrichello (Racing Spirit of Léman) defenderam o país em 2025, mas aguardam renovação para 2026.
Farfus, veterano e consistente, conquistou o 2º lugar na classe LMGT3 nas 24 Horas de Le Mans e venceu as 6 Horas de Spa, enquanto Dudu Barrichello impressionou em sua temporada de estreia, com poles e pódios históricos, incluindo o 3º lugar nas 6 Horas de São Paulo.
Na MotoGP, o sonho está prestes a se concretizar após quase duas décadas. Diogo Moreira, destaque da Moto2, assinou contrato com a Honda e aguarda apenas o anúncio oficial para ser confirmado na elite do motociclismo. Caso a equipe confirme o brasileiro, será o primeiro representante do país na categoria desde 2007.
Se todas as negociações forem concluídas, o Brasil poderá ter nomes ativos em sete das principais categorias do automobilismo mundial de forma simultânea: Fórmula 1, Fórmula 2, Fórmula 3, IndyCar, WEC, Fórmula E e MotoGP. Este feito simboliza o ressurgimento do país no automobilismo global.
Fonte: Metrópoles