Remédio contra calvície é ligado a maior risco de depressão e suicídio

Um estudo sobre os riscos do uso da finasterida, medicamento indicado para tratar a calvície masculina e problemas de próstata, analisou evidências de duas décadas e concluiu que o remédio pode estar ligado ao aumento de casos de depressão e comportamento suicida.

De acordo com a pesquisa, publicada no Journal of Clinical Psychiatry em 22 de setembro, já existem sinais do problema desde os anos 2000, mas eles foram ignorados por órgãos reguladores e fabricantes.

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A finasterida age bloqueando uma enzima que interfere na produção de hormônios ligados ao crescimento dos fios de cabelo. No entanto, essa mesma ação pode reduzir substâncias que regulam o humor, como a alopregnanolona, o que explicaria os efeitos negativos sobre a saúde mental.

O trabalho, feito por cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém, reuniu oito estudos publicados entre 2017 e 2023, todos apontando uma relação consistente entre o uso do medicamento e o aumento do risco de depressão ou suicídio. Os dados vieram de sistemas internacionais de notificação de eventos adversos e de grandes bancos médicos, que compararam pacientes que usaram a finasterada com aqueles que não usaram.

O pesquisador responsável pelo levantamento, Mayer Brezis, afirma que houve falhas graves na farmacovigilância, ou seja, na investigação dos efeitos colaterais após a aprovação do produto.

Segundo Brezis, a lentidão em reconhecer os riscos pode ter contribuído para que centenas de milhares de pessoas desenvolvessem depressão associada ao uso da finasterida ao longo dos últimos 20 anos.

O estudo destaca ainda que, por se tratar de um medicamento de uso cosmético com fim estético, os riscos psiquiátricos merecem atenção redobrada.

O autor recomenda que as autoridades de saúde reavaliem a segurança do remédio e que médicos alertem os pacientes sobre possíveis mudanças de humor, ansiedade ou pensamentos negativos durante o tratamento.

Brezis também propõe que o uso da finasterida para calvície seja temporariamente suspenso até que novas pesquisas confirmem sua segurança. Ele defende a criação de registros específicos para monitorar casos de depressão e suicídio em pessoas que utilizam o medicamento.

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Fonte: Metrópoles

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