O secretário de Governo, Alysson Bestene, foi uma tentativa bem intencionada do Progressistas do Acre. Mas ele não será o candidato governista nas eleições para prefeito de Rio Branco. O ex-secretário de Saúde, o amigo pessoal do governador, sabe disso. Nada, no entanto, que o desmereça como gestor.
Pesquisas de intenção de votos, aquelas encomendadas para consumo doméstico, apontam a necessidade de se buscar outro nome. Esta última, do Data Control, contratada pelo Jornal A Tribuna, “brochou” todo mundo na sede de governo. A força-tarefa engendrada para impulsionar a “Marca” Alysson Bestene também arrefeceu, afinal rede social não ganha eleição se esse apoio não estiver associado ao povo das periferias, que realmente elege.
Até há três semanas, mensageiros de Gladson Cameli tentaram trazer o engenheiro Marcus Alexandre. Mas a opção pelo MDB foi decisão pessoal dele. E sugerir que o governador era bem-vindo ao seu grupo soou como gratidão às tentativas de tê-lo no PP.
Alguma letargia na resolução de problemas institucionais pesam contra Alysson Bestene, que também não tem apoio da maioria dos parlamentares, estaduais e federais. O perfil burocrático da Casa Civil também desagrada a base aliada, atendida parcialmente. Exceto Nicolau Júnior, que não tem do quê reclamar.
É sabido que todo gestor esbarra em obstáculos, e naturalmente isso estaria atrapalhando a concretização de acordos construídos ainda na campanha de 2020 e que não saem papel. E outros acordos selados mais recentemente, que não avançam, irritam lideranças partidárias e parlamentares. Alysson também sofre de fogo amigo, como não bastasse a dificuldade de se emplacar como candidato competitivo.
O partido que manda no estado vive um drama, enquanto o engenheiro Marcus Alexandre beira os 50% e, afora a margem de erro, poderia ser eleito em primeiro turno se a votação fosse agora. É o que diz o Data Control.
Qual o plano B?
Neste momento a resposta seria Socorro Neri?
Sim, é o plano B, segundo alguns aliados.
Mas ela já está onde sempre gostaria de estar: no mandato federal, ocupando uma cadeira honrada pela sua mãe, a saudosa Adelaide Neri.
Socorro pede socorro e foge do assunto. A condição de mandatária maior do partido na capital não a envaidece. A deputada volta ao Acre pontualmente, em alguma agenda inadiável, importante, imprescindível.
Nem Gladson será capaz de convencê-la.
Então….quem poderá salvar o PP?