Durante os dias da COP30, uma exposição montada na cidade de Belém — sede da Cúpula — chama atenção para proteção das florestas, cada vez mais impactadas por incêndios.
Nomeado de “Cinzas da Floresta”, o acervo abriga cerca de 300 obras de ativistas do Brasil e de outros 20 países, paredes da Casa COP do Povo, são tomadas por retratos feitos com carvão e cinzas de incêndios florestais.
A exposição tem como destaque o mural “Defensores“, assinado por cinco artistas e que apresenta uma marcha onde gerações, povos e lutas se encontram.
“Pintar com carvão e cinzas é um dos gestos mais antigos na humanidade. Nas eras das cavernas, o fogo se manifestava por causas naturais e o que restava dele era usado para registrar a vida daquela época. Já hoje, as chamas não nascem apenas do ciclo natural da terra, mas também e principalmente da ganância, do lucro rápido, do desmonte ambiental e da falta de pertencimento em nós enquanto natureza”, explica a organização da exposição.
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1 de 5Exposição reúne obras de arte feitas com tinta a base de cinzas florestais • Marina Persegani / @persegani
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2 de 5Exposição reúne obras de arte feitas com tinta a base de cinzas florestais • Marina Persegani / @persegani
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3 de 5Exposição reúne obras de arte feitas com tinta a base de cinzas florestais • Marina Persegani / @persegani
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4 de 5Exposição reúne obras de arte feitas com tinta a base de cinzas florestais • Marina Persegani / @persegani
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5 de 5Exposição reúne obras de arte feitas com tinta a base de cinzas florestais • Marina Persegani / @persegani
O ativista Mundano é o idealizador do “Cinzas da Floresta”. A ideia surgiu quando ele percorreu mais de 10 mil quilômetros na Amazônia, Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, onde coletou mais de 200kg de cinzas de incêndios florestais, que servem de matéria prima das tintas das obras que pinta.
Todo o valor arrecadado pela compra de obras que estão em exibição em Belém será convertido para a Rede Nacional de Brigadas Voluntárias, responsável por atuar na linha de frente contra incêndios florestais.
“Essa jornada de pegar uma floresta em pó, Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e fazer um grito de uma floresta em pé, ou mais, contra o petróleo, para pedir uma transição justa, enfim. São vários temas que fazem parte aqui dessa exposição que tem os recursos destinados a rede nacional de brigadas voluntárias para valorizar o trabalho das brigadistas e dos brigadistas voluntários que defendem nossos biomas”, explica Mundano.
