A Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador dos Estados Unidos, aprovou que a empresa Paradromics — concorrente da Neuralink, de Elon Musk — inicie testes de chips cerebrais em humanos.
O projeto busca restaurar a fala a partir de um controle computadorizado em pessoas paralisadas. A empresa afirma que o chip Connexus foi desenvolvido para uso médico prolongado, sem necessidade de trocas, e que possui uma sensibilidade maior do que a de outros atualmente em teste, como o da Neuralink.
“É a melhor interface cérebro-computador do mundo”, defendeu o CEO da empresa, Matt Angle, ao anunciar o início dos testes em humanos. Dois voluntários participarão da fase inicial do estudo clínico. Eles terão o chip implantado no cérebro para converter sinais do córtex cerebral em comandos que gerem texto ou uma voz sintetizada.
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Como é o chip cerebral?
O dispositivo possui área ativa com cerca de 7,5 milímetros, o tamanho aproximado de um grão de arroz. Os eletrodos finos penetram a superfície cortical para captar atividades neuronais específicas. Ele não lê a mente dos usuários, mas os impulsos voltados ao controle de lábios, língua e laringe.
A atividade será gravada enquanto voluntários imaginam pronunciar frases apresentadas durante testes para traduzir esses padrões em vozes. A expectativa dos pesquisadores é alcançar uma tradução em tempo real, o que ainda não foi conquistado por outras iniciativas semelhantes. Em uma fase mais avançada, o estudo também avaliará se o sistema pode detectar movimentos imaginados das mãos para controle de cursores.
Dependendo dos resultados iniciais, a fase de testes poderá ser ampliada para dez voluntários com dois implantes corticais. A Paradromics afirma que o ensaio avaliará a durabilidade do implante e a estabilidade dos eletrodos ao longo do tempo.
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Fonte: Metrópoles
