Márcio Bittar, o Narciso que acha feio o que não é espelho

Ao declarar ser leal ao governador Gladson Cameli — principal responsável por sua eleição ao Senado em 2018 —, mas ressaltar uma lealdade superior a Bolsonaro, o senador Márcio Bittar demonstra, na prática, total indiferença para com o governador, sua vice Mailza e ao PP.

Tal postura expõe publicamente o seu individualismo e a sua deslealdade.
Ao afirmar que a dificuldade de aliança entre o PL e o Progressistas é causada por “gente importante” que não gosta de Bolsonaro, citando sua “lealdade visceral” ao ex-presidente, Bittar fabrica a desculpa perfeita para, mais uma vez, trair Gladson Cameli, repetindo o modus operandi de, pelo menos, três eleições anteriores.
Já o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom — cuja eleição se deveu factualmente ao empenho de Cameli e da vice Mailza na derrota de Marcus Alexandre —, faz coro ao discurso de Bittar. Ao blindar Bolsonaro de qualquer crítica, Bocalom não só adota uma postura antidemocrática, como sinaliza sua candidatura própria, ignorando o respeito devido àqueles que o acolheram no dia da angústia e de sua iminente derrota.
Os discursos dos “donos” do PL no Acre, contudo, revelam um desespero que beira o absurdo. Embora rasteira, a retórica diz muito mais sobre eles do que sobre a conjuntura política atual. Confirma que Bittar e Bocalom seguem firmes na tradição de trair e enganar aliados, desde os tempos de MDB e PPS (no caso de Bittar) e PSDB, Frente Popular e DEM (no caso de Bocalom).
Evidencia, ainda, que ambos são náufragos de um navio onde, pelo excesso de traições, só restam eles mesmos.
Ao subir no palanque da inauguração da Ponte da Sibéria — onde não havia viva alma ao seu lado, como ilustra a foto deste artigo — e atacar o Progressistas, o governo e a vice-governadora Mailza, Bittar não atinge apenas seus aliados. Ele desrespeita o povo acreano, cansado de sua pantomima de fazer cara de “servo de Deus” na hora do Hino Acreano; o povo já não lhe permite usar outra pele que não a de lobo.
Talvez por isso o seu desespero tenha aumentado ao ouvir os aplausos do público para Gladson e Mailza. Ao tentar surfar na onda ideológica, perguntando se havia alguém feliz ali “por Bolsonaro estar preso”, várias vozes ecoaram um sonoro: “EU!”.
A vaidade excessiva, a ilusão e a incapacidade de amar e ser leal ao outro fazem Bittar renovar cotidianamente seu pacto com o diabo (uma analogia política, ressalte-se). Ele apenas se esquece de que a vaidade é o pecado favorito do diabo para destruir os seus próprios aliados. Afinal, ele também não cumpre acordos.

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