Os contratos futuros de ouro e prata fecharam em queda nesta terça-feira (2), movidos por ajustes após recentes máximas, enquanto o mercado segue de olho em novos sinais de política monetária nos EUA.
Investidores monitoram a volatilidade gerada pelas apostas de corte de juros na próxima semana pelo Federal Reserve e por sinais de fraqueza do dólar, fatores que já haviam impulsionado o forte rali da véspera.
Na Comex, divisão de metais da Nymex (bolsa de Nova York), o ouro para fevereiro encerrou em queda de 1,26%, a US$ 4.220,80 por onça-troy. Já a prata para março recuou 0,74%, a US$ 58,703 por onça-troy, após recorde na sessão anterior.
O Julius Baer afirmou que a prata, que já acumulava alta superior a 20% desde o início de novembro, poderia até dobrar de valor pela primeira vez desde 1979, refletindo o forte apetite por metais ligados à transição energética e ao ambiente de juros mais baixos.
Ainda assim, Carsten Menke, um dos chefes de pesquisa do banco, ponderou que a disparada recente foi “rápida demais”, destacando que o impulso vindo da indústria solar está perdendo força e que a reação às expectativas de corte de juros nos EUA parece “desproporcional”.
Segundo Menke, a inclusão da prata na lista de minerais críticos dos EUA fortalece a percepção de risco de oferta, mas não altera de forma imediata a dinâmica de demanda. Por isso, ele rebaixou a visão da casa para neutra, embora tenha elevado as projeções de três e 12 meses para US$ 56 a onça.
Para o ouro, a TD Securities avaliou que não há sinal de uma virada brusca no curto prazo e projetou um novo recorde trimestral de US$ 4.400 nos primeiros seis meses de 2026, sustentado pelo alívio nos custos de carregamento, por uma possível inclinação da curva de juros e por incertezas sobre o grau de independência do Fed no futuro.
*Com informações da Dow Jones Newswires
Minerais críticos podem elevar PIB do país em R$ 243 bi até 2050
