Com uma população mundial cada vez mais idosa, cientistas têm procurado novas maneiras de expandir a expectativa da vida. Um estudo feito com ratos pode ter dado mais um passo nessa direção: com um coquetel de medicamentos, ratinhos machos idosos viveram 70% mais do que o normal.
A pesquisa, feita por cientistas da Universidade da Califórnia em Berkeley, foi publicado na revista Aging US no final de agosto, mostra que uma combinação de ocitocina e um inibidor de Alk5 (uma proteína que participa do crescimento, proliferação e diferenciação de células) melhorou a qualidade e a expectativa de vida em ratos idosos.
Leia também
-
IBGE: brasilienses têm a maior expectativa de vida do país; veja idade
-
Demência: estudo aponta expectativa de vida após diagnóstico
-
Estudo: caminhar pode aumentar sua expectativa de vida em até 10 anos
-
Chegaremos aos 100? Expectativa de vida está desacelerando, diz estudo
A ocitocina é um hormônio que tende a cair durante a vida e está relacionado com a reparação de tecidos. Já o inibidor de Alk5 bloqueia um caminho que se torna super ativo com o passar dos anos e está ligado à inflamação crônica e danos aos tecidos.
Expectativa de vida aumentada
A mistura de medicamentos foi aplicada em ratos com 25 meses de vida — que equivalem a 75 anos em humanos. Os machos que receberam os remédios viveram 70% mais do que o normal, mostraram melhora na agilidade, memória e na resistência física.
As ratinhas fêmeas, porém, não tiveram os mesmos benefícios. Não foi percebida melhora na expectativa de vida, e sim uma alta na fertilidade mesmo com a idade avançada.
O tratamento ainda é experimental, mas a ocitocina já é aprovada pela Anvisa e os inibidores de Alk5 estão passando por estudos clínicos. Os cientistas esperam que a pesquisa avance para melhorar a sobrevivência de humanos no futuro.
Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Fonte: Metrópoles
