Soluço: saiba causas, quando se preocupar e como acabar com o incômodo

O soluço é uma alteração no ritmo respiratório que surge de forma repentina e, na maioria das vezes, desaparece sozinho depois de alguns minutos. Mesmo que seja geralmente inofensivo, o incômodo pode se tornar persistente e sinalizar algumas condições médicas.

A alteração ocorre devido a contrações involuntárias do diafragma, o músculo que separa o tórax do abdômen e ajuda na respiração. A cada espasmo, ocorre o fechamento das cordas vocais, o que produz o som característico do soluço.

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Principais gatilhos

O refluxo é uma das causas mais comuns do soluço. Isso ocorre porque o retorno do ácido do estômago para o esôfago irrita o diafragma e causa contrações involuntárias. Situações que aumentam a pressão abdominal, como obesidade, gravidez ou refeições muito grandes, também podem provocar o sintoma.

Comer rápido, ingerir bebidas gaseificadas ou consumir alimentos gordurosos aumenta a chance do soluço aparecer. Esses hábitos distendem o estômago e estimulam o diafragma, o que facilita os espasmos. Por isso, o recomendado é mastigar bem, comer devagar e evitar exageros durante as refeições.

“O ácido do estômago pode irritar o nervo que comanda o diafragma e qualquer estímulo nessa região — seja digestivo ou respiratório — é capaz de gerar soluço. Por isso, hábitos alimentares inadequados são um dos principais gatilhos do problema”, afirma o gastroenterologista Alexandre Fontoura, da Clínica Selecta Vie.

Soluço prolongado pode indicar doenças mais graves

O soluço agudo, que dura até 48 horas, é considerado leve e geralmente desaparece sem tratamento. Mas quando ultrapassa esse período ou volta a acontecer com mais frequência, pode indicar riscos mais sérios à saúde.

Episódios que duram mais de 72 horas são classificados como crônicos. Nesses casos, é importante investigar refluxo severo, hérnia de hiato, lesões próximas ao diafragma ou até doenças neurológicas.

Entre os idosos, o sintoma requer ainda mais atenção, já que o soluço persistente pode estar relacionado a condições como acidente vascular cerebral (AVC), esclerose múltipla ou tumores que afetam o sistema nervoso central. Exames como ressonância magnética ajudam a identificar a causa e direcionar o melhor tratamento.

Medicamentos que podem provocar ou agravar o soluço

Alguns remédios podem causar ou intensificar o soluço devido à ação que exercem sobre o sistema nervoso ou o trato digestivo. Entre os mais comuns estão os corticóides, principalmente a dexametasona, além de opioides, quimioterápicos, anestésicos e medicamentos dopaminérgicos.

Esses medicamentos podem alterar a sensibilidade do diafragma ou interferir nos nervos responsáveis pelo controle da respiração, facilitando os espasmos. Em pacientes que usam esse tipo de medicação e desenvolvem soluço frequente, é importante relatar o sintoma ao médico.

Como acabar com o soluço comum

Beber água rapidamente, prender a respiração ou levar um susto são hábitos populares para tentar interromper o soluço. Apesar de conhecidas, essas práticas não têm comprovação científica, mesmo que possam funcionar em alguns casos.

A explicação por trás desses hábitos é que o aumento do dióxido de carbono no sangue ou a estimulação dos nervos ligados ao diafragma podem ajudar a interromper o reflexo que gera o soluço. Como são práticas seguras e sem custo, os médicos não contraindicam que sejam usadas.

Foto colorida de mulher bebendo água - Soluço: saiba causas, quando se preocupar e como interromper incômodo - MetrópolesMétodos caseiros para interromper o soluço são comuns, mas não têm comprovação científica

O gastroenterologista e endoscopista Brunno Gomes Rocha, da clínica Gastrovie, em Brasília, explica que, embora os métodos caseiros possam aliviar o desconforto, os casos prolongados precisam de análise e, em alguns casos, o uso de medicamentos.

“Quando o soluço ultrapassa 48 horas, já é classificado como persistente e pode precisar de tratamento. Existem remédios que ajudam a controlar o reflexo do diafragma, mas o ideal é descobrir a causa antes de iniciar qualquer medicação”, afirma.

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Fonte: Metrópoles

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