Em mensagem, desembargador disse que operação vazou, mas “não pela Justiça”

A PF (Polícia Federal) encontrou uma mensagem atribuída ao desembargador Macário Judice Neto, do TRF-2 (Tribunal Regional Federal da Segunda Região), em que ele aponta vazamento da operação que prendeu o ex-deputado estadual Thiego Santos, o TH Joias, em setembro. Ele, no entanto, diz que “não foi pela Justiça Federal”.

O magistrado foi preso nesta terça-feira (16), por suspeita de ter repassado as informações sobre a ação contra o crime organizado por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).

“Com relação ao Dudu. Por que que não foram apreendidos, certamente, dinheiro, armas? Porque vazou. A operação vazou. E não foi na Justiça Federal”, diz trecho da mensagem.

O juiz federal aponta, ainda, que o vazamento teria partido da Polícia Civil do Rio e que advertiu o superintendente da PF no Rio, delegado Fábio Galvão.

“Eu fui contra a execução dos mandados junto com a Polícia Civil. Não porque desconfio ou não confio na Polícia Civil. Porque depois que três ou quatro se reúnem vira comício. Eu fui absolutamente contra e adverti o Superintendente: Não faça essa operação em conjunto. E fizeram. E tiveram a dificuldade de prender o TH, porque a operação vazou. Então talvez essa seja a situação. Não encontraram armas, dinheiro. Depois das 18h do dia anterior da prisão, já sabiam, quem é que ia deixar alguma coisa à mostra?”, escreveu Judice Neto.

A PF também aponta que na véspera da operação que prendeu TH Joias, o juiz se encontrou com Rodrigo Bacellar, então presidente da Alerj, suspeito de avisar o ex-deputado estadual da prisão. E finaliza que o juiz “continua empregando medidas para obstruir o curso das investigações”, mas não detalha quais.

Em nota enviada à CNN Brasil, a defesa do desembargador afirmou que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, “foi induzido a erro” após expedir dez mandados de busca e apreensão e prisão preventiva.

“[A defesa] Ressalta, ainda, que não foi disponibilizada cópia da decisão que decretou sua prisão, obstando o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa. A defesa apresentará os devidos esclarecimentos nos autos e requererá a sua imediata soltura”, dizia o comunicado assinado pelo advogado Fernando Augusto Fernandes.

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