Buraco de minhoca: conheça teoria aplicada em “Stranger Things”

Alerta de spoiler: o texto a seguir tem spoilers do Volume 2 da 5ª temporada de “Stranger Things”.

Nos últimos episódios da quinta temporada de “Stranger Things” descobrimos que todas as suposições acerca do Mundo Invertido, de sua composição e suas origens estavam erradas.

Ao encontrar os cadernos e anotações do Dr. Brenner, Dustin descobre que o Mundo Invertido, considerado uma versão bizarra de Hawkins, se trata, na verdade, de um buraco de minhoca. Ou seja, uma espécie de “ponte” que liga o nosso mundo à outra dimensão alternativa.

O que é um buraco de minhoca?

Os buracos de minhoca são fenômenos previstos pela teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Essencialmente, eles são túneis que ligam dois pontos separados no espaço-tempo, como um “atalho” criado quando a massa de um objeto se torna tão grande que distorce o tecido espaço-tempo da região próxima – como ocorre, por exemplo, com um buraco-negro.


A ilustração representa um buraco de minhoca, um túnel hipotético através do espaço-tempo que conecta regiões distantes do universo • Getty Images

Em “Stranger Things”, o Mundo Invertido seria o “atalho” que liga nosso mundo a essa outra dimensão apelidada de “Abismo” – onde Vecna está e para onde ele leva as crianças raptadas.

Um buraco de minhoca, teoricamente, poderia ser uma ponte que conecta dois buracos negros ou duas regiões distantes no cosmos. Teoricamente, pois nenhum buraco de minhoca foi observado pelos cientistas na vida real até hoje.

Essa ideia foi apresentada pela primeira vez em 1916 por Albert Einstein, embora o físico não tenha usado esse nome para descrevê-la na época. Em 1935, Einstein e o físico Nathan Rosen usaram a teoria da relatividade geral para desenvolver a ideia, propondo a existência de pontes que poderiam conectar dois pontos distintos no espaço-tempo, que ficaram conhecidas como pontes de Einstein-Rosen ou buracos de minhoca.

É possível viajar através de um buraco de minhoca?

Embora a ficção científica esteja repleta de histórias envolvendo buracos de minhoca – como em “Stranger Things” ou “Interestelar” –, viajar através do espaço-tempo seria muito mais complexo na vida real.

A teoria dos físicos prevê que os buracos de minhoca existiriam em escala microscópicas, muito pequenas para que uma pessoa pudesse passar através deles. Além disso, essas passagens seriam altamente instáveis, podendo colapsar rapidamente.

Para que um buraco de minhoca se mantivesse estável, ele deveria contar com “matéria exótica” – fenômeno físico que também apareceu em “Stranger Things”, justamente como aquilo que mantém o Mundo Invertido estável. A matéria exótica contém densidade de energia negativa e pressão negativa, e foi observada apenas em algumas situações na física quântica.

Ou seja, embora teoricamente possa ser possível usar um buraco e minhoca para viajar para lugares distantes e até para outros momentos do tempo, a verdade é que estamos longe dessa realidade. Mesmo que um buraco de minhoca seja encontrado, não temos tecnologia suficiente para estabilizá-lo e utilizá-lo como um portal de viagem no espaço-tempo de maneira controlada e segura.

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