O ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi entregue às autoridades brasileiras na noite desta sexta-feira (26), depois de ter sido preso no Paraguai. A informação foi confirmada por autoridades paraguaias à CNN Brasil.
De acordo com imagens divulgadas pelas autoridades, Silvinei chegou à fronteira em Ciudad del Este em um comboio de viaturas, escoltado e encapuzado, antes de cruzar para Foz do Iguaçu.
O ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal foi detido no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai. Ele quando tentava embarcar para El Salvador em um voo da Copa Airlines com escala no Panamá.
Segundo apuração da CNN, ele viajou de Santa Catarina, onde mora, ao Paraguai de carro. No país vizinho, tentou usar a identidade de um paraguaio que teve o documento extraviado, de acordo com Carlos Duré, chefe do Comando Tripartite, departamento de cooperação policial entre Brasil, Argentina e Paraguai.
Ao ser abordado, ele apresentou um atestado médico que afirmava que ele tem um câncer “muito avançado” e que não podia falar, disse Carlos Duré à CNN Brasil.
“Ele trouxe um atestado médico, que está sendo investigado, de uma clínica do Brasil, no qual menciona claramente que ele tinha um câncer muito avançado e que não poderia se comunicar oralmente, somente poderia se comunicar por escrito”, afirmou.
Silvinei Vasques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado. Ainda cabe recurso, por isso o ex-diretor aguardava em liberdade.
Procurada pela CNN, a defesa de Silvinei Vasques disse ainda estar recebendo informações sobre a situação do ex-diretor da PRF e decidiu não se manifestar até o momento.
