O Grande Debate: Fuga de Silvinei impacta demais pedidos de condicional?

O comentarista José Eduardo Cardozo e o advogado criminalista Matheus Herren Falivene discutiram, nesta sexta-feira (26), em O Grande Debate (de segunda a sexta-feira, às 23h), se a fuga do ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques impacta nos demais pedidos de condicional de outros condenados da trama golpista.

Silvinei Vasques foi entregue às autoridades brasileiras em Ciudad del Este, na noite desta sexta-feira (26). Ele foi preso no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, no Paraguai, enquanto tentava embarcar para El Salvador em um voo da Copa Airlines com escala no Panamá.

Segundo apuração da CNN Brasil, ele viajou de Santa Catarina ao Paraguai de carro. No país vizinho, tentou embarcar com passaporte paraguaio falso.

Silvinei Vasques foi condenado a 24 anos e seis meses de prisão por participação em tentativa de golpe de Estado. Ainda cabe recurso, por isso o ex-diretor aguardava em liberdade.

Cardozo avalia que a fuga não deve impactar em novos pedidos de condicional.

“O magistrado deve considerar as circunstâncias concretas com que cada um efetivamente foi apenado, os riscos eventuais que estão colocados. Então, em princípio, o fato do ‘cabeça’ do grupo condenado, outro importante réu fugir, como também Ramagem […] todas essas pessoas deram um péssimo exemplo do ponto de vista daquilo que deve fazer um condenado pela justiça”, afirmou.

“Foi uma situação juridicamente deplorável, e do ponto de vista ético-político, muito ruim para o bolsonarismo, ao meu entender. E aí, eu não falo de uma prestação jurídica, eu falo de uma prestação política”, ponderou.

Já Falivene acredita que pode impactar.

“Pensando em um contexto geral político, o que acontece é que para outros que estão vinculados a essa questão política, do chamado núcleo político, pode, sim, impactar já que ele não é o único que empreendeu fuga. Então, pode-se entender que seria uma estratégia de alguns deles e com isso impactar juridicamente”, avaliou.

“Agora, com relação aos réus condenados no 8/1, pessoas que estavam no ato de manifestação, de depredação, eu acredito que não porque cada um vai ser avaliado individualmente para fins de progressão, de eventual livramento condicional, e até, se for o caso, para fins de prisão preventiva”, finalizou.

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