O promotor Rodrigo Curti foi comunicado, há pouco, da lista contendo os 400 nomes de vigilantes que começarão a receber aviso prévio no próximo dia 7. O comunicado foi feito pelo presidente do sindicato que representa a categoria, Nonato Santos, que buscou ajuda do Ministério Público para evitar o que ele chamou de “caos generalizado”. Outra lista, desta vez com mais de 350 nomes, será encaminhada pelos empregadores no início da próxima semana.
Nonato não quis expor os nomes dos trabalhadores ameaçados de demissão “para não gerar ainda mais pânico entre as famílias”.
A demissão em massa afetaria, de forma grave e direta, a segurança de prédios públicos da Saúde (UPAs e hospitais) e Educação (escolas).
O sindicalista reitera que a fazenda pública deixou de repassar o que chama de repactuação contratual, ou seja, reajuste anuais para cobrir o aumento nos salários dos vigilantes. Os aumentos na remuneração bruta dos trabalhadores foram dados pelas empresas VIP e FBX, num total de 17% acumulados nos exercícios de 2022 e 2023.
O sindicato comunicou que o reajuste nos salários foi realizado pelos patrões na esperança de que a repactuação caísse na conta das empresa, conforme diz os contratos.
“Calcula-se em R$ 10 milhões os valores que deveriam ser repactuados, mas não foram até o presente momento. Além disso, há atraso no repasse ás empresas, referentes a agosto e setembro, razão pela qual os salários desses meses não foram afetuados”, disse o sindicalista.
O MP deve chamar representantes legais do governo para atualizar as informações e propor uma solução capaz de evitar o desligamento dos vigilantes.