O professor Minoru Kinpara, diretor presidente da Fundação Elias Mansour (Governo do Acre), enquadrou os comissionados e parte dos diretores da instituição, no início da noite desta terça-feira, em reunião fechada, num tom ameaçador. Reclamou do pouco envolvimento do grupo em torno do seu nome, nas redes sociais, e disse que ele será o escolhido do governador Gladson Cameli (PP) para disputar a Prefeitura de Rio Branco.
Cerca de 40 pessoas, entre servidores e aliados do ex reitor da Ufac, foram obrigados a deixar os celulares do lado de fora de um ambiente onde a reunião aconteceu, no Hotel Guapindaia, no Centro da capital.
“Já estou no sacrifício aqui. Todos aqui precisam entender que o time deve seguir o seu líder. Nós temos 13 por cento (nas pesquisas), enquanto o outro nome não consegue se levantar. E quem não estiver no projeto pode pedir para sair”, disse Minoru, que lembrou ser ele o responsável pelo emprego dos trabalhadores ali presentes. A plateia se dividiu entre constrangimentos e aparente apoio a Kinpara.
Mais curiosa foi a presença do presidente da Assembléia Legislativa, deputado Luiz Gonzaga (PSDB), na reunião. Gonzaga havia afirmado que os tucanos teriam candidatura própria.
A esposa do presidente da FEM, dona Degmar, pediu o microfone para reafirmar o discurso intimidador do marido. Ela afirmou ter informações seguras sobre quais comissionados estariam comprometidos em dar visibilidade a Minoru, e quais precisariam entrar de cabeça na pré campanha.
A iniciativa de Minoru soa traição ao “amigo” Alysson Bestene, definido pelo PP como o candidato do governo para disputar as eleições. Minoru esteve na sede do Progressistas, dias atrás, e fez até selfie com Alysson, a quem jurou apoio.
Alysson está em Brasília, cumprindo agenda com o governador Gladson Cameli.