A advogada Glenda Fernanda Santos Menezes, presa durante a operação “Cupiditas”, teve a liminar de um habeas corpus negada. A defesa Glenda Fernanda disse no recurso que ela colaborou com a ação policial, entregou de imediato o aparelho celular.
Além disso, argumentou a defesa, a investigada é funcionária pública, “requisito suficiente para responder a acusação em liberdade”.
Ainda na liminar, o advogado informou que no processo outras investigadas em situação semelhante tiveram as prisões preventivas revogadas.
São elas a advogada Juliana Souza e a esposa do advogado Eronildo Júnior.
Por fim, o advogado de Glenda solicitou também a substituição da prisão preventiva por medidas cautelares.
A Desembargadora Denise Castelo Bonfim, presidente da Câmara Criminal, negou o habeas corpus.
Em um dos trechos, ela disse que a concessão de liminar em sede de habeas corpus só é admitida em caráter excepcional, ou seja, quando a prisão for ilegal, constituído em flagrante abuso de poder, o que, segundo a magistrada, não é o caso.
Para a magistrada o caso necessita de uma análise mais aprofundada, do parecer do procurador de justiça e o mérito do habeas corpus deve ser julgado pelo colegiado da Câmara Criminal, formado por três desembargadores.
A Operação Cupitidas foi deflagrada pela Força Integrada de Segurança Pública no último dia 30.
A ação teve como foco prender advogados suspeitos de atuar como “pombo correios “de lideranças de uma organização criminosa, que cumpre pena no Presídio de Segurança Máxima Antônio Amaro Alves.
O advogado Eronildo Júnior continua preso fora do estado, enquanto João Figueiredo cumpre prisão domiciliar.
A previsão é que o mérito do habeas corpus da advogada Glenda seja julgado na próxima semana.