O Concurso Nacional Unificado, conhecido como “Enem dos concursos”, vai centralizar em uma única prova os concursos autorizados para a seleção de servidores públicos em diferentes órgãos do governo federal.
Pagando uma única taxa de inscrição, os candidatos poderão concorrer a 6.640 vagas disponíveis em órgãos federais, desde que sejam de uma mesma área de atuação.
Por que o governo decidiu unificar os concursos?
A proposta foi desenhada após a procura de alguns órgãos que tiveram concursos autorizados e relataram ter dificuldade de organizar os certames por conta própria, explica José Celso Cardoso, secretário de Gestão de Pessoas do Ministério de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
2. Qual é a proposta da pasta?
A intenção do Ministério da Gestão é criar algo similar ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), cuja nota é usada por centenas de faculdades e universidades de todo o país em substituição ao vestibular tradicional.
Inicialmente, a proposta é realizar o concurso unificado para preencher as milhares de vagas que estão abertas no serviço público federal neste ano (veja a lista abaixo), mas também cria bases de transição para um modelo de seleção periódico, afirma o MGI.
Os órgãos do governo federal poderiam aderir ao Concurso Nacional Unificado de forma voluntária até o dia 29 de setembro. Depois, aqueles que mudaram de ideia tinham até 6 de outubro para comunicar o MGI.
De acordo com o ministério, todas regras do programa seriam esclarecidas após a adesão dos órgãos, que poderão agregar mais detalhes ao processo seletivo.
4. Como vai funcionar a inscrição?
Os candidatos poderão concorrer a várias vagas de uma mesma área de atuação. Assim, no momento da inscrição, eles deverão optar por um dos blocos temáticos disponíveis.
Depois disso, será necessário indicar seu cargo/carreira por ordem de preferência entre as vagas disponíveis no bloco de sua escolha. Caso deseje, o candidato também pode se inscrever somente para uma vaga específica.
Ao todo, serão oito bloco temáticos (áreas de atuação)
- Infraestrutura, Exatas e Engenharias (727 vagas)
- Tecnologia, Dados e Informação (597 vagas)
- Ambiental, Agrário e Biológicas (530 vagas)
- Trabalho e Saúde do Servidor (971 vagas
- Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (1.016 vagas)
- Setores Econômicos e Regulação (359 vagas)
- Gestão Governamental e Administração Pública (1.748 vagas)
- Nível Intermediário (692 vagas)
Inicialmente, a prova seria aplicada em 180 municípios brasileiros. No dia 14 de dezembro, o Ministério da Gestão atualizou a aplicação para 217 cidades. Porém, durante uma coletiva realizada no dia 10 de janeiro, o número de cidades subiu para 220.
A mudança foi definida após diálogo com a Fundação Cesgranrio, a banca responsável pela realização da prova. A ampliação visa garantir que regiões metropolitanas tenham provas em mais de uma cidade.
Após a primeira fase poderão ser agregadas, a critério dos órgãos ou por determinação legal de carreiras específicas, pontuações relativas à titulação acadêmica, experiência profissional, apresentação de memoriais, provas práticas, etc.
6. Quais são as vagas e salários?
O Ministério da Gestão divulgou no dia 29 de setembro que 20 órgãos participariam da prova unificada do governo federal para a seleção de novos servidores.
Depois, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) entrou na lista, e o número de vagas subiu de 6.590 para 6.640, em 21 órgãos.
Navegue pela tabela abaixo para conferir os cargos, o número de vagas e a previsão dos salários iniciais, com base na remuneração atual dos servidores públicos federais.
7. Cronograma
- Publicação do Edital: 10/1/2024
- Inscrições: 19/01 a 09/02/2024
- Divulgação dos dados finais de inscrições: 29/02/2024
- Divulgação dos cartões de confirmação: 29/04/2024
- Aplicação das provas: 05/05/2024
- Divulgação dos resultados das provas objetivas e preliminares das provas discursivas e redação: 03/06/2024
- Divulgação final dos resultados: 30/07/2024
- Início da convocação para posse e cursos de formação: 05/08/2024
- Do G1