O inquérito sobre a morte da cantora Nayara Villela ocorre em segredo de justiça, mas mesmo assim tem dado o que falar nos últimos dias em decorrência da tipificação aplicada pelas delegadas que presidiram o inquérito policial na delegacia da mulher em Rio Branco.
O que, inicialmente, seria um típico caso de suicídio com provas materiais de que a própria cantora apontou a arma para a cabeça e puxou o gatilho, passou pela tese de crime culposo durante as investigação e terminou como feminicídio.
Tese que, aparentemente, não se aplicaria às circunstâncias da morte da cantora Nayra Villela, mas que foi aceita pelo Ministério Publico Estadual,
Na semana passada o promotor Efraim Mendoza ofereceu a denúncia à justiça para que o empresário Tarcísio Araújo seja levado a júri popular na situação de réu por crime de feminicídio, em data a ser marcada.
Diante da repercussão popular e das reviravoltas na tipificação do crime a delegada Elenice Frity, coordenadora da delegacia da mulher, onde foi montado o inquérito policial, veio a público explicar os fatos.
Ela esclarece que o artigo 122, parágrafo 2ª Inciso 6ª do Código Penal Brasileiro é bem claro quando diz que “menosprezar, induzir ou descriminar a situação de fragilidade da mulher diante da iminência de uma tragédia dado ao fato da condição de gênero da vitima no âmbito do lar, também, se constitui feminicidio.
“Não podemos falar nada que possa vir a quebrar as regras impostas pela justiça sobre as circunstâncias da mote dessa cantora. Mas os vídeos enviados pelo próprio marido à família dela já dizem tudo ao demonstrar o pouco caso do acusado para com a situação deplorável da companheira com a arma empunho na cabeça nos segundo que antecederam a morte, e ele não ter feito nada”. ressaltou a delegada.
Os vídeos de que a delegada se refere mostram Nayara sentada no chão do banheiro, com a arma apontada para a cabeça. Eles discutem, e o empresário fez questão de gravar a cena sem demonstrar qualquer gesto para que a mulher desistisse do suicídio, segundo conclui o inquérito policial. Reveja AQUI