Assessoria
Após a imprensa divulgar que uma carga de alho vinda de Puerto Maldonado, no Peru, não teria entrado no Acre por conta de atrasos nos trâmites de liberação da mercadoria pelos auditores fiscais do Ministério da Agricultura e Agropecuária (MAPA), em Assis Brasil, a reportagem procurou o superintedente do Mapa no Acre, Paulo Trindade, para explicar o real motivo do atraso na importação do produto para o solo acreano.
Paulo Trindade explicou que o atraso na entrada da carga de alho ao Acre não tem a ver com a demora na vistoria dos caminhões por conta do movimento de mobilização por parte dos fiscais do MAPA, mas sim por conta de inconsistências com a documentação do produto importado.
O superintende afirmou que os auditores fiscais federais agropecuários estão em mobilização no Acre e em todo o território brasileiro em busca de melhorias para a categoria. Paulo explicou que os fiscais continuam trabalhando normalmente, sem paralisação das vistorias. Ele disse que o atraso na liberação da carga de alho se deu pelo fato da documentação da importação apresentar erros e precisar passar por correção, o que atrasou a entrada ao Acre.
“Os audidores fiscais estão em estado de mobilização no Brasil em um movimento legítimo sindical a qual buscam melhorias para a classe. Não existe paralisação de inspeção e vistoria. Os auditores estão seguindo o rito da legislação que é de liberar o carregamento em até 5 dias úteis e estão seguindo os prazos. Nesse caso da carga de alho houve problema de inconsistência na documentação por parte da transportadora e despachante acarretando o atraso”, explicou Trindade.
Paulo Trindade garante que o MAPA está trabalhando para evitar atrasos e que o objetivo do órgão é contribuir para o desenvolvimento do estado do Acre através da desburocratização nas importações e expotações de produtos acreanos.
Presidente da Aleac busca solução para demandas dos auditores fiscais
Preocupado com o possível atraso na liberação de mercadorias para o Acre e de exportação, o presidente da Assembleia Legislativa do Acre (ALEAC), deputado Luiz Gonzaga (PSDB), que luta pela expansão comercial entre o Acre e o Peru, ligou para Paulo Trindade para buscarem juntos, bancada acreana e gestores, uma solução em Brasília para as demandas dos fiscais.
“O presidente Luiz Gonzaga é um parceiro do MAPA e se mostrou interessado nessa luta em busca de uma solução para os auditores fiscais e pelo desenvolvimento do Acre”, disse Paulo.
Gonzaga se prontificou a entrar em contato com senadores e deputados federais para acompanharem o caso durante reuniões do Ministério da Agricultura e Agropecuária.
“Sabemos da importância dos auditores fiscais para o andamento das importações e exportações do Acre. A mobilização da categoria é válida e vamos buscar em Brasília, juntamente com nossa bancada federal, uma solução que atenda os trabalhadores e garanta o andamento das exportações do Acre para os países andinos”, disse o parlamentar.