Editorial: Rio Branco, a Zumbilândia acreana e os dois paspalhos que brincam de fazer política

Impossível imaginar que as autoridades não estejam consternadas com a impactante e assustadora cena fartamente divulgada, nesta tarde, de um morador de rua a devorar as vísceras de um cão. O animal, que provavelmente foi morto pelo homem de 24 anos, é mais uma vítima da omissão que também distancia a cada minuto os moribundos de Rio Branco de uma resposta necessária, obrigatória, do poder público. Tão vítima quanto o personagem dessa história triste, não importa se ele tem distúrbios mentais. O seu lugar é outro.

A capital dos acreanos é uma zumbilândia e seus “cuidadores”, em todas as esferas de poder, merecedores da execração.

Me veio à mente, de imediato, o quão o prefeito Tião Bocalom é culpado. Um gestor que dorme e acorda preocupado em renovar seu mandato, perpetuar-se no poder, sem credencias que o dignifiquem como figura pública minimamente respeitável e comprometido. Um gestor que destruiu a política de assistência aos miseráveis, impondo sua arrogância e prepotência em detrimento de uma solução que ele está obrigado a apresentar – e executar. Preferiu a politização da pasta, e jogou ao limbo os resquícios de moralidade com os quais foi eleito. Por razões politiqueiras, abandonou a causa. Merece o castigo, nas urnas inclusive.

Me veio à mente, ainda, o quão é culpado é secretário de Governo, Alysson Bestene, que se propôs a cuidar da massa pobre ao assumir o Programa Juntos Pelo Acre. Não basta um mutirão a cada 15 ou 30 dias, em datas comemorativas, ostentando um sentimento falso de veneração a crianças somente em época natalina ou no dia delas – ou quando suas casas são invadidas pelas cheias dos rios. Não basta dar comida, tem que cuidar. É preciso buscar aqueles que vivem à mingua nas vias públicas, sejam adultos, idosos, dependentes químicos, doentes mentais, os mesmos que impõem medo e correm perigos. Necessário identificá-los, investigar sua condição, oferecer conforto aos familiares e oportunidade de auto superação.

E o momento é agora, já que esta manifestação humanitária de ambos os lados, sabemos, só é impulsionada pelo desejo de vencer as eleições.

Ajuda humanitária não pode parar nunca.

No caso de Rio Branco, nem começou.

Absurdo: morador de rua estripa cão, se alimenta das vísceras e é preso, em Rio Branco

 

 

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