Uma equipe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (CENIPA) órgão subordinado à Aeronáutica Brasileira, chegou à cidade de Cruzeiro do Sul, no inteiro do Acre, na manhã desta terça0feira.
O objetivo da missão é investigar os motivos que levaram à queda do helicóptero que prestava serviços para o Ministério da Saúde na região do Vale do Juruá.
O aparelho com sete ocupantes – entre elas três tripulantes e duas crianças -caiu em uma região de mata densa, domingo passado, quando retornava de uma aldeia indígena. No helicóptero estavam dois pacientes da etnia Kulina que apresentavam agravamento no quadro clinico de pneumonia.
Inicialmente, o piloto Rodrigo Castro teria dito que o motor do helicóptero simplesmente parou de funcionar em pleno vou e ele teria sido obrigado a tentar um pouso forçado no meio da floresta, fato que caracterizaria um problema mecânico.
No entanto, chama atenção o número de pessoas na aeronave, embora duas fossem crianças. Mas como as autoridades locais não divulgaram o modelo e nem o prefixo do helicóptero, não se sabe ainda se o aparelho estava com a quantidade certa de passageiros e peso recomendado pelo fabricante para aquele tipo de vôo.
No momento do acidente o tempo era bom e por isso fica praticamente descartada a possibilidade de interferência de fenômenos climáticos.
A possibilidade de falha humana ainda é mantida nesse primeiro momento das investigações.
A equipe do CENIPA passou a teça-feira no local do acidente periciando os destroços do aparelho para entender o direcionamento de colisão com as arvores e posteriormente o impacto no solo.
Nesta quarta-feira será a vez dos especialistas do CENIPE tomarem o depoimento da tripulação e passageiros sobre os procedimentos do vôo e os minutos abordo que antecederam a queda da aeronave.
Vale ressaltar que o resultado do trabalho de investigação da Aeronáutica não é para identificar e punir os culpados, mas sim para servir como orientação para a aviação evitar possíveis novos acidentes em decorrência do mesmo problema.
No entanto, as informações colhidas podem ser solicitadas pela justiça comum para abertura de inquérito e responsabilização dos eventuais culpados, quando da identificação de negligencia.
O helicóptero envolvido no acidente pertence a uma empresa particular que alugou o aparelho, através de contrato de licitação, para a Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde em Abril do ano passado.
O piloto, o mecânico e o enfermeiro que formavam a tripulação são, todos, funcionários da empresa dona do aparelho, contratada pelo Ministério da Saúde para atendimento na regional do Alto Rio Solimões, no Amazonas, até o Vale do Juru[a, no interior do Acre.
A tripulação e os quatro passageiros (um casa indígena e os dois filhos doentes) foram resgatados com vida e se encontram sob acompanhamento médico sem risco de morte, na cidade de Cruzeiro do Sul.
Somente o mecânico de voo, Jorge da Silva Figueiredo, 63 anos, teve que ser transferido ontem à tarde para um hospital mais moderno, em Rio Branco devido ao seu estado clinico apresentar complicações para o movimento das pernas.