Centenas de feirantes organizam ato contra Bocalom que pode fechar Terminal Urbano e parte do centro de Rio Branco

Comerciantes e ambulantes de dentro – e do entorno – do Mercado Público Elias Mansour cansaram de esperar por transparência e respeito da Prefeitura de Rio Branco. Não aceitam ser deslocados a lugar sem movimento de pessoas, alegando que sofrerão uma queda sem precedentes em seus lucros, perderão clientes e a logística de seus comércios também ficará inviável.

A única certeza é que o mercado deverá ser fechado.

Pior que isso: iniciam uma revolta que pode gerar enorme desgaste ao prefeito Tião Bocalom, que não manda ninguém de sua equipe explicar o que será dos permissionários quando máquinas e homens começarem a fechar a quadra que faz limite com o Terminal Rodoviário para levantar uma obra de dois pisos. Ninguém ali acredita que a grandiosa obra será feita em 12 meses. E todos concordam que foi “um tiro no pé” anunciar a reforma do mercado na antevéspera da eleição.

A proposta de “humanizar o ambiente” não convence as centenas de famílias que tiram seus sustentos dali. Não nesse momento, em que, segundo eles, “tudo não passa de um golpe de marketing, como foi a promessa de entregar 1001 casa populares neste domingo, Dia das Mães.

Abaixo, a declaração, em vídeo, do comerciante Eliezio Nascimento, que sintetiza a decepção dos feirantes. Eles organizam um ato público em que até as baias do terminal urbano deverão ser ocupadas por populares solidários aos comerciantes.

“Não é a nossa intenção, mas merecemos respeito. Acho que ele (prefeito ) precisa ais da gente do que a gente dele”, disse uma idosa que, com a ajuda do filho, desembarca verduras às 3 da manhã para revendê-las.

Dona Rosana Martins diz:

“Inicialmente eles disseram que iriam construir um galpão garagem pra gente ficar, depois sugeriram levar a gente lá para o antigo Makro e agora já estão com a conversa que vão colocar a gente em umas tendas no canal da maternidade”, disse ela.

Todas as alternativas até agora cogitadas pela prefeitura são questionadas pelos comerciantes sob alegação de que as propostas não atendem à necessidade deles.

Segundo Rogério Oliveira, proprietário de uma pensão, não tem como ele transferir seu estabelecimento comercial para um local que não possui as condições higiênicas adequadas as margens de um córrego com odor, como é o caso do canal da maternidade.

Bruno Negreiros, dono de um ponto de venda de produtos regionais, afirma que a gestão Tião Bocalom nunca fez uma reunião com todos eles para discutir os trâmites da obra.

“Eles nunca vieram aqui conversar com todos nós sobre o que vão fazer com a gente. As intenções da prefeitura chegam até nós através de meia dúzia de pessoas, aliadas políticas do prefeito Tião Bocalom, que são convidadas pra irem ao gabinete conversar com ele um assunto que deveria ser de interesse de todos”.

Se dependesse só dá vontade do prefeito Tião Bocalom, os comerciantes e feirantes já deveriam ter desocupado o mercado desde o dia 5 deste mês, o que não aconteceu porque o Ministério Público Estadual interviu na ordem de desocupação e determinou que a prefeitura apresente um plano de remoção dos comerciantes antes da obra.

Foto de capa: G1 Acre

 

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