Diretor de polícia e MP não se entendem e policial que teria planejado morte de promotor pode ficar impune

Uma possível falha de comunicação entre Ministério Público e a Direção de Polícia Civil pode estar dificultando a investigação contra um agente que teria tramado a morte do promotor de justiça Tales Tranin. A informação sobre a orquestração do assassinado, divulgada na imprensa local, foi confirmada pelo Gaeco – Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP.

A notícia provocou uma nota pública em que o diretor geral Henrique Maciel diz desconhecer o assunto. O MP, no entanto, assegura que um pedido de apuração foi levado à Corregedoria-Geral, setor subordinado ao diretor geral responsável por apurar desvios de conduta dos servidores da pasta.

Obviamente, a identidade do policial não foi divulgada nas informações detalhados pelo próprio MP, e causa estranheza que a Polícia Civil tenha emitido um comunicado oficial sem fazer uma varredura nos casos em apuração.

“Existem processos administrativos disciplinares (PADs) findos e em andamento em relação a policiais civis, e em todos observamos as garantias constitucionais como a ampla defesa e o contraditório. Mais, alguns desses procedimentos estão no âmbito de outras esferas do governo, inclusive com decisão da nossa instituição pela demissão”, diz a nota.

Somente após isso a Polícia Civil decidiu abriu procedimento investigatório para apurar os fatos, no âmbito da Corregedoria-Geral da Polícia Civil.

“Destacamos, ainda, que o governo do Acre e a Polícia Civil não coadunam com qualquer tentativa de cerceamento do livre exercício investigatório dos promotores de Justiça e se solidariza com o promotor Tales Trani”, finaliza o comunicado.

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