O senador Márcio Bittar tem dito a aliados bem próximos que estaria arrependido de apadrinhar o prefeito Tião Bocalom (PL), candidato à reeleição. Alguns “dissabores” afastam a cada dia o senador do entorno do prefeito, e questões financeiras mal resolvidas pioram a relação entre eles. Também não ajuda o desempenho nada promissor de Bocalom, seja nas pesquisas eleitorais, seja na condução da máquina pública.
O senador admite estar sendo incomodado com as cobranças frequentes do próprio prefeito, a quem Bittar teria prometido injetar R$ 3 milhões em 45 dias de campanha. Seriam recursos, oficialmente, do fundo partidário via PL Nacional. Ocorre que o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, fechou o cofre, e garantiu que “para Rio Branco não mandará mais que R$ 700 mil”.
Os partidos que fortalecem a aliança (PSDB e União Brasil) tentam convencer o Governo do Estado a cobrir as despesas de campanha de Bocalom. A Casa Civil e a Secretaria de Governo (Segov, da qual o candidato a vice, Alysson Bestene, era titular) têm interesse numa possível reeleição do prefeito e seu afastamento em 2026, para disputar cargo majoritário. Alysson prefeito por 2 anos é o objetivo.
A campanha está estimada entre R$ 20 milhões a R$ 25 milhões.
Os tais R$ 700 mil que o PL dispõe seriam suficientes apenas para custear despesas com o o marqueteiro e a produtora que fará captação de imagens, edição e veiculação visual da campanha.
O senador espera ser reconhecido por capitalizar apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro à campanha de Bocalom. Para ele, ter trazido Bolsonaro a Rio Branco e promover chamadas de vídeo com o ex-presidente em atos políticos em Rio Branco é algo que não teria preço. Ou seja, vende caro demais o prestígio que tem com a família do ex-presidente.