O prefeito Tião Bocalom deu a segunda declaração polêmica desde que foi reeleito, no domingo. Primeiramente, descartou o senador Alan Rick de seus planos em 2026, desprezando o apoio recebido pela populosa militância ligada ao parlamentar, o que gerou desconforto na aliança. Em seguida, o prefeito eleito, ao falar à imprensa local, disse que não vai mexer no seu secretariado. A notícia também incomoda aliados graúdos, que esperavam ter espaço na gestão municipal. “Em time de está ganhando não se mexe”, disse Bocalom, usando a velha máxima.
As redes sociais questionam como fica o acordo entre políticos com o prefeito durante a costura de alianças, segundo o qual, assegurou Bocalom, “todos que estão comigo me ajudarão a governar”. Até janeiro, quando o gestor assumirá para o segundo mandato, muitas questões precisam ser esclarecidas, especialmente quanto às indicações do vice eleito, Alysson Bestene, e do senador Márcio Bittar, mentor da candidatura de Bocalom- a menos que o prefeito peça autorização da Câmara de Vereadores para criar novos cargos públicos, o que comprometeria as finanças públicas com grave impacto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Confirmando-se o que tem dito, Bocalom manterá no seu governo alguns poderosos que, inclusive, mancharam a sua gestão. Peças que, segundo apurou a reportagem, o prefeito não pensa em mudar são o secretário de Comunicação, Ailton Oliveira, o chefe da Casa Civil, Valtin José, o secretário de Agricultura, Eracides Caetano, e os assessores especiais envolvidos em escândalos sexuais, Frank Lima e Helder Paiva.