Bolsonaro na berlinda: MPF recorre à Justiça para que mais de 6,5 mil indígenas do Acre tenham acesso a água tratada

O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou ação civil pública para que a Justiça Federal obrigue a União a assegurar e promover o acesso a água potável para as populações de sete Terras Indígenas sob responsabilidade do Distrito Sanitário Especial Indígena Alto Rio Purus (DSEI/ARP), localizadas no interior do Acre.

O DSEI/ARP é responsável por 87 aldeias, onde vivem aproximadamente 6,5 mil pessoas, em sete Terras Indígenas. Segundo o próprio órgão, apenas 11 aldeias têm estrutura de tratamento de águas, enquanto as outras 76 se sujeitam a consumir água diretamente dos rios e demais fontes naturais da região, o que coloca as aldeias do DSEI/ARP entre as mais atingidas, segundo números oficiais, por ocorrência de doenças propagadas por meio da água imprópria e por mortalidade infantil pelas mesmas causas.

Para o procurador da República responsável pela ação, Lucas Costa Almeida Dias, o acesso à água potável para o exercício de atividades cotidianas (beber água, tomar banho, cozinhar etc.) não é somente condição mínima da dignidade humana, mas também medida preventiva do Poder Público para retardar a proliferação de doenças e melhorar a qualidade dos alimentos produzidos pela comunidade indígena local.

Segundo o MPF, o inquérito civil que precedeu a propositura da ação demonstrou que os indígenas destas TIs sofrem com a falta de acesso à água potável, decorrente da omissão injusta, irregular, abusiva, ilegal e inconstitucional do Distrito Sanitário Especial Indígena do Alto Rio Purus.

Os pedidos da ação são para que, liminarmente, a União elabore os projetos técnicos de Sistema de Abastecimento de Água (SAA) a serem implantados nas aldeias das TIs Cabeceira do Rio Acre, Riozinho do Iaco, Alto Rio Purus, Caiapucá, Jaminawa do Rio Caeté, Jaminawa da Colocação São Paulino e Kulina/Jaminawa do Estirão, com apresentação de cronograma de realização de obras, as quais devem incluir sistema completo de captação, tratamento, armazenamento e distribuição de água potável, adequada ao consumo humano, para assegurar a prestação regular, perene e estável de serviço de abastecimento de água à totalidade das famílias residentes na área, com conclusão das obras no prazo máximo de seis meses.

Além disso, o MPF também pede que seja realizada a oitiva das lideranças indígenas das aldeias elencadas na ação, que serão arroladas como testemunhas do MPF e que seja realizada inspeção judicial nas respectivas aldeias.

Outro pedido da ação é para que a União seja condenada a pagar R$ 500 mil a título de indenização por dano moral coletivo, para cada uma das sete aldeias impactadas pelo caso.

O MPF pediu, ainda, que a Justiça intime a Comissão Pró-Índio, o Conselho Indigenista Missionário e a Funai para, se for o caso, ingressarem no feito na qualidade de amicus curiae ou litisconsorte ativo.

Da assessoria MPF

Após 15 anos afastada da TV, Ana Paula Arósio relembra época de gravações

Após ficar 15 anos afastada da TV, a atriz Ana Paula Arósio, 49, se relembrou de sua época de gravações. Ela está fora das...

Jurado do X Factor diz que quase aceitou R$ 850 mil para “julgar” sexo

O empresário e jurado britânico Simon Cowell, 65, admitiu que quase aceitou a quantia de US$ 150 mil (aproximadamente R$ 850 mil) para “julgar”...

“A Viagem”: veja como assistir à primeira versão da novela, exibida em 1975

“A Viagem” vai substituir “Tieta” na faixa dedicada ao “Vale a Pena Ver de Novo”, mas a trama de 1994 não foi a primeira...