Você já utilizou facas ou cortadores vendidos em farmácias para cortar um comprimido ao meio? Isso é comum quando há necessidade de ajustar a dosagem. No entanto, essa prática nem sempre é a maneira mais segura de obter meia dose de um medicamento.
É importante lembrar que cada remédio tem uma função específica e características próprias. Por isso, é fundamental seguir as orientações da bula e as recomendações dos farmacêuticos.
Em alguns casos, os comprimidos apresentam uma linha no centro, que pode ser confundida com uma marca para facilitar a divisão, mas se trata apenas de um detalhe estético. Esse formato difere dos comprimidos sulcados, que possuem uma marca mais profunda, facilitando o corte seguro.
“Comprimidos que não possuem sulco, em hipótese alguma, devem ser partidos, pois não há evidências sobre a segurança e a eficácia de sua administração, podendo haver diferentes concentrações de substâncias em cada lado. A linha no comprimido é apenas um detalhe estético e, nesses casos, conforme determinado pela resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de 2003, a restrição deve constar na bula do medicamento”, ressalta a farmacêutica da Prati-Donaduzzi, Amabili Leal Pieracio.
Riscos de cortar o comprimido
Os cortadores com lâminas, vendidos em lojas populares, são indicados para facilitar a ingestão. Ou seja, cortar o comprimido ao meio para torná-lo mais fácil de engolir. No entanto, essas lâminas podem esfarelar o comprimido durante o corte, resultando em uma divisão imprecisa da dosagem. Para evitar que o tratamento seja comprometido, recomenda-se ingerir o comprimido imediatamente após a divisão.
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Fonte: Metrópoles