Após as críticas sofridas ao aceitar o cargo de diretor global de futebol do grupo Red Bull, Jürgen Klopp, ex-treinador de clubes como Liverpool e Borussia Dortmund, defedeu sua decisão de assumir a posição de dirigente da empresa.
Em conversa com o ex-jogador Toni Kroos para um podcast, Klopp, que antes criticava a forma com que o grupo Red Bull operava em relação aos clubes de futebol, afirmou que não pode agradar a todos.
“Eu não queria pisar no calo de ninguém. Amo todos os meus antigos clubes. Mas não sei o que poderia ter feito para que todos estivessem felizes”, disse Klopp.
O novo dirigente do grupo Red Bull, que anunciou a aposentadoria da função de técnico ao fim da temporada 2023/24, explicou que sentiu falta de estar trabalhando com algo envolvendo esporte.
“Você não pode tomar sua decisão baseado nas reações que virão. Tenho 57 e ainda posso trabalhar mais alguns anos. Mas não me vejo à margem por enquanto. Estava claro para mim que faria alguma coisa, então veio a Red Bull. Não posso fazer muita coisa, mas sei um pouco sobre futebol. Para mim, é excelente”
Críticas ao gerenciamento de futebol do grupo Red Bull
A Red Bull é criticada na Alemanha por sua relação com o futebol. Isso porque a empresa tem como estratégia adquirir clubes e mudar a identidade das equipes. Foi o que aconteceu com o RB Leipzig, Red Bull Salzburg, New York Red Bulls e, no Brasil, com o Red Bull Bragantino. Para muitos torcedores, isso é considerado como pular etapas para chegar nas divisões mais altas do futebol, já que as equipes não são criadas do zero.
Jürgen Klopp, inclusive, foi um dos críticos da prática. Em 2017, quando perguntado sobre isso, Klopp afirmou que apreciava a “tradição no futebol”, recriminando empresas que possuíam mais de um clube.
Fonte: Metrópoles