Cardiologistas dos EUA listam cuidados para mulheres evitarem o AVC

Os acidentes vasculares cerebrais (AVCs) podem se manifestar de maneira diferente entre homens e mulheres, tanto nos sintomas como nas principais causas. Pensando em evidenciar as formas particulares em que os derrames atingem as mulheres, a American Heart Association (AHA) dedicou pela primeira vez um capítulo inteiro em suas diretrizes de prevenção mais recentes a elas.

A associação representante dos cardiologistas nos Estados Unidos publicou em 22 de outubro um guia com 81 páginas para a prevenção do AVC e dedicou dez delas aos fatores específicos relacionados ao gênero.

Na lista, os cardiologistas destacam uma série de aspectos particulares femininos que podem aumentar o risco de AVC. A maioria delas está ligada à elevada carga de hormônios liberada pelo sistema reprodutivo em eventos especiais ou suplementada pelas mulheres.

Como prevenir o AVC em mulheres?

Para ajudar a preservar a vida das mulheres e diminuir o risco de AVC, a AHA listou uma série de recomendações específicas.

Gestação

As mulheres grávidas ou que tenham dado à luz há menos de seis semanas têm um risco até 30% maior de AVC se tiverem hipertensão gestacional. Por isso, os cardiologistas apontam que dois registros em menos de 15 minutos de uma pressão arterial superior a 16 por 11 já deveriam levar a um uso emergencial de remédios para baixar a pressão.

Endometriose

Já para aquelas com endometriose, pesquisas apontam que o risco de AVC é, em média, 16% maior. Por isso, as diretrizes recomendam que os cardiologistas sempre perguntem às suas pacientes se elas possuem diagnóstico da doença crônica.

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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala
O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas
Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas
Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar
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O acidente vascular cerebral, também conhecido como AVC ou derrame cerebral, é a interrupção do fluxo de sangue para alguma região do cérebro

Agência Brasil

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O acidente pode ocorrer por diversos motivos, como acúmulos de placas de gordura ou formação de um coágulo – que dão origem ao AVC isquêmico –, sangramento por pressão alta e até ruptura de um aneurisma – causando o AVC hemorrágico

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Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: dor de cabeça muito forte, fraqueza ou dormência em alguma parte do corpo, paralisia e perda súbita da fala

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O derrame cerebral não tem cura, entretanto, pode ser prevenido em grande parte dos casos. Quando isso acontece, é possível investir em tratamentos para melhora do quadro e em reabilitação para diminuir o risco de sequelas

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Na maioria das vezes, acontece em pessoas acima dos 50 anos, entretanto, também é possível acometer jovens. A doença pode acontecer devido a cinco principais causas

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Tabagismo e má alimentação: é importante adotar uma dieta mais saudável, rica em vegetais, frutas e carne magra, além de praticar atividade física pelo menos 3 vezes na semana e não fumar

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Pressão alta, colesterol e diabetes: deve-se controlar adequadamente essas doenças, além de adotar hábitos de vida saudáveis para diminuir seus efeitos negativos sobre o corpo, uma vez que podem desencadear o AVC

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Defeitos no coração ou vasos sanguíneos: essas alterações podem ser detectadas em consultas de rotina e, caso sejam identificadas, devem ser acompanhadas. Em algumas pessoas, pode ser necessário o uso de medicamentos, como anticoagulantes

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Drogas ilícitas: o recomendado é buscar ajuda de um centro especializado em drogas para que se possa fazer o processo de desintoxicação e, assim, melhorar a qualidade de vida do paciente, diminuindo as chances de AVC

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Aumento da coagulação do sangue: doenças como o lúpus, anemia falciforme ou trombofilias; doenças que inflamam os vasos sanguíneos, como vasculites; ou espasmos cerebrais, que impedem o fluxo de sangue, devem ser investigados

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Anticoncepcionais

O uso de anticoncepcionais hormonais é o que levou à elaboração da maior parte das recomendações. Os anticoncepcionais foram associados a uma série de problemas de saúde, mas diretrizes apontam que o AVC é proporcionalmente mais frequente em mulheres jovens grávidas (30 casos a cada 100 mil gestações) do que naquelas que usam anticoncepcionais hormonais (21,4 casos a cada 100 mil usuárias). Entretanto, as pessoas que usam métodos não-hormonais de contracepção são as que têm as menores taxas de derrames (8,8 em cada 100 mil).

Para evitar o risco, os médicos apontam que as mulheres deveriam usar menores doses de estradiol: o ideal é que os anticoncepcionais sejam apenas de progestina. Eles indicam também que pacientes que fazem parte do grupo de risco de AVC (com mais de 35 anos, fumantes, hipertensas e com enxaqueca) discutam outros métodos contraceptivos com seus médicos.

Menopausa

Os cardiologistas recomendam que mulheres que tiveram menopausa precoce (antes dos 45 anos) informem a situação aos seus médicos, já que elas têm um risco aumentado de aproximadamente 10% de ter um AVC. Para quem teve a menopausa antes dos 40 anos, as chances chegam a 32%.

Mulheres com mais de 60 anos que tiveram a menopausa há mais de uma década e tomaram suplementos hormonais de estrogênio oral por esse período devem ser consideradas pacientes com risco extremamente alto de AVC. “A continuidade deste tipo de terapia deve ser comparada com o potencial risco de derrame para avaliar se há algum verdadeiro benefício”, apontam as diretrizes.

Mulheres trans

Por fim, o texto se dedica às mulheres trans que usam terapias hormonais de afirmação de gênero. O uso de estrogênio deve ser avaliado pelo cardiologista para avaliar medidas de reduzir o risco de AVC. Comparadas com mulheres cis, o risco de uma mulher trans ter um derrame é 142% maior e chega a ser 80% mais alto do que em homens cis.

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Fonte: Metrópoles

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