As Casas Civis do Governo do Acre e da Prefeitura de Rio Branco abriram um “esforço concentrado” após fazerem as contas sobre quantos e quais advogados com cargos no serviço público votariam na candidata oficial, Marina Belandi.
Atuante no Direito da Família e Penal, Belandi seria derrotada se as eleições da OAB-Acre fossem hoje, confidenciou uma fonte do governo há pouco.
“Essas eleições são diferentes da que acabou no mês passado. O voto de cabresto não parece ser o melhor caminho”, avisou.
O prefeito Tião Bocalom e o também advogado Jonathan Donadoni foram comunicados que não têm votos suficientes para eleger a advogada Marina Belendi. Os telefonemas e os contatos pessoais com os comissionados do estado e do município devem ser intensificados. Implicitamente, os interlocutores lembram aos eleitores que “seria muito bom continuarmos com seus préstimos pelos próximos anos, ajudando a nossa administração”. A sondagem é interpretada como assédio moral, já denunciado ao Ministério Público após repercussão barulhenta na Assembléia Legislativa.
Outro problema é a inadimplência. O levantamento identificou “algumas dezenas” de advogados que trabalham no serviço público, não exercem a advocacia abertamente e não pagam a anuidade à OAB. Portanto, não teriam direito a voto hoje.
Bocalom explora a narrativa do antipetismo e a “defesa da família” contra o presidente atual, genro do ex-governador Jorge Viana, e candidato à reeleição.
A votação está prevista para a próxima sexta-feira.