Em um culto religioso, ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), Michelle declarou que, antes de o casal chegar ao Palácio do Planalto, o local era “consagrado a demônios”, e atualmente é “consagrado ao Senhor”.
Ela ainda declarou que o atual presidente seria Jesus, o que é visto pela organização como crime contra a Constituição Nacional de 1988, pois é proibida qualquer relação de dependência ou aliança de autoridades políticas com religiões específicas.
Os religiosos declararam que as falas de Michelle repetem “uma antiga prática excludente, beligerante e preconceituosa que, conforme demonstrado pela história, usa a divindade para tornar o semelhante um inimigo desumanizado, ligado a forças nefastas e que podem inclusive ser alvo de violência de forma legitimada”.
A organização destacou que tais declarações ferem o Estado Democrático de Direito, violam a legislação eleitoral e promovem a cultura de ódio, pois colocam em risco “a convivência pacífica entre as distintas tradições religiosas e o respeito às diferentes crenças”.
A Frente ainda pontuou que o papel social da religião é apoiar a sociedade pela defesa do bem comum, sabendo respeitar e apreciar a diferença.
“Pedimos que a Primeira Dama se retrate imediatamente, dentro dos princípios cristãos de amor ao próximo que afirma professar e aja em conformidade com as leis que regem nosso país, a fim de que seja verdadeiramente uma Pátria para todos os Brasileiros e Brasileiras, indistintamente de opção religiosa ou política”, declarou a nota.
Correio Braziliense