Vilandro de Castro Moraes, de 64 anos, se apresenta no portal da Justiça Eleitoral como publicitário. No campo grau de instrução ele diz ter o ensino fundamental. É natural de Manaus – AM.
Chama atenção que Vilandro preferiu omitir o nome de batismo, o que é permitido na apresentação como candidato. Ele concorre a uma das 24 cadeiras da Aleac pelo Partido Progressista. E optou por Bebe Bolsonaro.
Passará a ser chamado, em tese, nesta campanha, pela grafia “bebê” (criança pequena ou recém nascida), muito embora não leve o acento circunflexo (obrigatório nesse caso). Ou pela entonação “Bebé”, encurtamento de um nome próprio qualquer? A informação mereceu destaque na imprensa do Sul.
Especialistas opinam que essa estratégia (omitir a própria identidade) não pega bem. Parece brincadeira, algo com pouca ou nenhuma seriedade.
Desta vez, o polêmico e intrépido Tico Bolsonaro, de Cruzeiro do Sul, não aparece na lista de candidatos, apesar de fazer muito barulho nas redes sociais como cabo eleitoral dos mais dedicados à causa do presidente.
O que rola Brasil afora
Em relação às siglas, a metade dos que levará o sobrenome Bolsonaro nas urnas optou pela mesma do presidente, e disputa um cargo eletivo pelo PL. Ainda há candidatos com o nome “Bolsonaro” filiados ao PRTB, PTB, PP, Republicanos, Patriota, Pros e Agir.
Mas nem todos apostaram na combinação clássica de um nome próprio somado ao sobrenome “Bolsonaro”. Alguns postulantes arriscaram em opções “mais criativas”, como o amazonense que quer ser deputado pelo Acre.
Na Bahia, Genivaldo de Souza Araújo optou por um nome clássico para disputar uma vaga de deputado estadual: “Capitão de Bolsonaro”.
Em Pernambuco, um postulante decidiu não se apoiar apenas em Bolsonaro, e tenta surfar também no nome do ex-deputado federal conservador Enéas Carneiro. E assim nasceu “Aldeny Bruno Enéas Bolsonaro”, filiado ao PL — que usa até a mesma barba e corte de cabelo do ex-deputado.
Outro que decidiu apostar na simplicidade foi Francisco Olinda, que vai tentar uma vaga de deputado estadual com o nome “Bolsonaro Sergipano”. E ainda há os religiosos com Bolsonaro. Em São Paulo, representados pela Pastora Ana Bolsonaro, e em Santa Catarina, pelo Padre Bolsonaro.
Em MG, Armando Lima usou o próprio nome para criar um bordão na urna: “Armando Bolsonaro”.
No Rio Grande do Sul, um candidato a deputado federal pelo PSol decidiu usar o nome do presidente para fazer um protesto e se registrou como “Chris Col Bolsonaro Nunca Mais”. No entanto, o postulante renunciou a candidatura
Candidatos também se apoiam no nome de Lula
Líder nas pesquisas de intenção de voto, o nome de Lula também é usado por alguns candidatos que tentam surfar na popularidade do petista. São nove nomes (tirando aqueles que realmente se chamam Lula), e, diferente de Bolsonaro, não há parentes do ex-presidente na disputa.