Após ataque em Tremembé, ministério promete reforçar proteção de movimentos como MST

O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania afirmou que irá reforçar a proteção de movimentos sociais após o ataque ao assentamento Olga Benário do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no interior de São Paulo.

“O grave ataque contra o assentamento do MST e o assassinato de duas lideranças soma-se aos alertas anteriores para a urgência de fortalecimento das políticas de proteção aos defensores de direitos humanos que integrem as esferas federal e estadual, os sistemas de Justiça e de Segurança Pública e as redes de proteção, definindo as responsabilidades e o tipo de dinâmica e relacionamento para garantir a proteção das defensoras e dos defensores de direitos humanos”, disse o ministério em nota publicada nesta sábado (11).

“Em 2025, o MDHC vai reforçar suas ações para o fortalecimento das práticas coletivas de proteção das comunidades, associações, grupos, organizações, coletivos e movimentos da sociedade civil que fazem a proteção popular desses agentes”, complementa.

O ministério também afirma que oferecerá assistência para as lideranças do assentamento atacado. Na noite da última sexta-feira (10), três pessoas foram mortas. Um homem suspeito de coordenar o crime foi preso.

A pasta orienta que situações de risco sejam comunicadas pelos movimentos ao governo federal, para que medidas de prevenção possam ser tomadas.

“Temos o dever estatal de dar proteção integral às defensoras e aos defensores de direitos humanos. Neste sentido, acionaremos os órgãos de Estado responsáveis pela resolução de conflitos agrários e pela segurança pública para atuarmos de forma conjunta e coordenada”, afirma a ministra Macaé Evaristo.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal (PF) acompanhe o caso.

No ofício enviado à PF, o ministro em exercício, Manoel Carlos de Almeida Neto, cita a violação a direitos humanos. De acordo com a pasta, uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista foi deslocada para o local.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, para acompanhar as investigações.

O ataque

Os três mortos em Tremembé foram identificados como Gleison Barbosa, de 28 anos, Denis Carvalho, de 29 e Valdir Nascimento, de 53, morreram. Outras cinco pessoas ficaram feridas e estão hospitalizadas.

De acordo com o MST, 10 criminosos entraram no Assentamento Olga Benário com cinco carros e duas motos, atirando contra os assentados.

Em nota, o MST afirma que “o local enfrenta uma intensa disputa com a especulação imobiliária voltada para o turismo de lazer, devido à sua localização estratégica na região do Vale do Paraíba”. O movimento informou também que as famílias assentadas sofrem ameaças constantes, mesmo após denúncias às autoridades.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Após ataque em Tremembé, ministério promete reforçar proteção de movimentos como MST no site CNN Brasil.



Fonte: CNN

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