Capital sem ônibus: Ricco, contratada por Bocalom sem licitação, nunca recolheu FGTS e vale refeição tem atraso de 2 meses; “sindicato tá vendido”

Os trabalhadores do sistema de transporte público em Rio Branco anunciaram há pouco que podem decidir por uma desfiliação em massa do sindicato que deveria representar a categoria. Nenhum sindicalista compareceu à paralisação que ocorre desde o início desta manhã, no Terminal Urbano, Centro da capital.

“Eles foram avisados”, informou Cristovam Silva, um dos líderes do movimento, ao confirmar que o sindicato sabia de todos os problemas enfrentados pelos trabalhadores. “Estão vendidos”, afirmou outro.

O vale-refeição não é pago desde dezembro. O salário do último mês de 2024 não caiu em 5 de janeiro, como esperava-se, e, para surpresa geral, a empresa Ricco, contratada emergencialmente pelo prefeito Bocalom, sem licitação, jamais recolheu o FGTS deles junto à Caixa Econômica Federal. Os trabalhadores também pedem solução definitiva para os problemas mecânicos nos ônibus. “Vocês da imprensa sabem que todo dia tem carro quebrado”, lembrou Cristovam.

“Estamos esperando uma garantia da empresa de que nossos direitos serão pagos. Por enquanto, iremos manter a paralisação, mas garantindo 30% da frota em funcionamento”, disse.

 

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